VÍDEO: em período de reprodução, quantidade de gambás aumenta nas áreas urbanas; veja o que fazer se encontrar o animal
Além do cenário florido, a primavera é a estação do ano que marca uma época favorável à reprodução dos gambás e outros animais silvestres. Em Uberaba, o Hospital Veterinário da Uniube (HVU) divulgou que, desde o início do período de reprodução, já recebeu 20 filhotinhos de gambás e tem a expectativa de receber 40 ainda este ano. Veja abaixo as recomendações caso encontre um destes animais.
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Isso acontece por causa da primavera, estação marcada pelo período chuvoso, com aumento de insetos e da quantidade de frutos nas árvores.
Por isso, as fêmeas de gambás se aproximam da cidade em busca de alimento para os filhotes. Além disso, devido à gestação, elas ficam mais lentas e vulneráveis e, temendo não conseguir fugir dos predadores, vão para o perímetro urbano procurando abrigo.
“Neste período, acabamos encontrando essas fêmeas e filhotes, e também muitos filhotes órfãos que acabam se perdendo devido a essa grande quantidade durante a fuga de algum predador ou algum filhotinho um pouco mais fraco que não consegue se segurar direito na mãe ou acaba caindo da bolsa”, explicou o responsável pelo setor de animais silvestres do HVU, Henrique Imada.
Por isso, os médicos veterinários reforçam a importância da população solicitar o resgate destes animais caso se depare com um. No Hospital Veterinário, eles recebem cuidados e são devolvidos à natureza. No caso dos filhotes órfãos, são reintroduzidos ao ambiente de forma que aprendam a sobreviver sem a mãe.
Orientações
Se encontrar um gambá, a orientação médica-veterinária é que observe se o animal está ferido, seja ele filhote ou adulto. Neste caso, as pessoas devem ligar para o Corpo de Bombeiros, pelo número 193, ou para a Polícia Ambiental.
Henrique Imada informou que a população pode observar algumas situações ao se deparar com o animal. Eles podem ser filhotes e, se estiverem sozinhos, provavelmente perderam a mãe e podem precisar de cuidados.
“Se encontrar um gambá adulto, aparentemente saudável, o ideal é não mexer nele. Provavelmente ele está vivendo ali e de alguma forma está tendo toda a importância biológica naquela região. Já uma fêmea com filhote, o ideal é não mexer, porque ela fica muito agressiva, elas podem morder para se defender, pois são animais que podem sim conseguir machucar uma pessoa”, completou.
O gerente clínico do HVU, Cláudio Yudi, ressaltou que a agressão a animais silvestres, como os gambás, é crime pela Lei n° 9.605, que condena o ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados.
“Muitos confundem os gambás com os ratos. Por isso, as pessoas matam por acharem que são ratos e que podem transmitir doenças. Caso encontre fêmeas e filhotes em residência não aproximar ou agredir, afinal, os gambás são animais silvestres e não podem ser agredidos ou mortos. Chame sempre o Corpo de Bombeiros ou Polícia Ambiental”, orientou.
Fonte: G1
E quem se importa com ratos?