Vigilância Sanitária tenta verba de R$ 200 mil para castrações em Franca, SP

Vigilância Sanitária tenta verba de R$ 200 mil para castrações em Franca, SP
Animais de rua têm sido um problema para a Prefeitura (Foto de: Dirceu Garcia/Comércio da Franca)

Na tentativa de diminuir a fila de castração de cães e gatos, a Vigilância Sanitária de Franca está tentando conseguir uma verba de R$ 200 mil. O projeto para isso, que está em fase final, vem como forma de proporcionar um controle populacional de animais na cidade.

Segundo o diretor da Vigilância, Nelson Salomão, atualmente, são realizadas 225 castrações de animais por mês mediante preenchimento de fichas por parte da população de baixa renda. “Esse número é insuficiente, por isso precisamos de mais investimento do Fundo do Município. Continuamos fazendo essas castrações, mas sempre há 1.500 animais à espera. Não estamos conseguindo atender essa enorme demanda. Há coisas muito pesadas em nossas costas, pois a população também precisa se responsabilizar pelos animais que abandona ou não castra”, disse.

Em meio aos problemas no setor de castração, a Vigilância ainda lida com outro problema: a falta do Canil. Isso porque as obras estão atrasadas e a Prefeitura não tem lugar para colocar os animais que resgata, inclusive os de grande porte, como cavalos. Eles têm sido motivo de reclamação por parte da população, já que ficam soltos e, frequentemente, causam acidentes. “Estamos muito fragilizados neste momento, pois não temos onde colocá-los. O Canil está quase 70% pronto e as obras estão atrasadas. É até um pedido que faço ao prefeito, à empresa responsável, ao setor de obras e aos vereadores: que essa obra, enfim, termine, e a gente tenha para onde resgatar esses bichos”, afirmou o secretário.

Protesto

Além de enfrentar o imbróglio na obra do Canil Municipal, Salomão tem recebido várias reclamações de protetores, que cobram mais projetos em prol dos animais, que compunham parte das promessas de campanha do prefeito Gilson de Souza (DEM). Na última terça-feira, sendo assistido por vários protetores, Marcos Rosa Silva usou a tribuna da Câmara Municipal.

Entre os problemas citados por Marcos, está a falta de assistência veterinária aos animais em situação de rua. “Apesar do convênio da Prefeitura com a Unifran, hoje essa assistência praticamente não existe porque o convênio prevê apenas o atendimento de dois animais por dia. Mas, pelo nosso levantamento, são quatro animais atropelados por dia em Franca”, disse Marcos.

Esse número levantado foi contestado pelo diretor da vigilância. Ele afirmou que os índices registrados são menores e que todos passam por atendimento, mas não soube dizer qual a demanda diária.

Marcos também usou a tribuna para cobrar medidas em relação ao número de animais nas ruas. Segundo a Sociedade Protetora dos Animais, 80 mil cães e gatos estão espalhados pela cidade. Salomão também negou esse índice. “Não passam de cinco mil animais. E ainda acho que o número é inferior a esse”, disse. Ainda de acordo com o diretor da Vigilância, novos projetos em prol dos animais estão a caminho, mas não devem trazer soluções imediatas.

Por Marcella Murari

Fonte: GCN

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