Voluntárias têm 15 dias para retirar gatos de ONG embargada e temem não conseguir levar animais para novo abrigo

Voluntárias de uma ONG de Palmas (TO) estão correndo contra o tempo. Elas têm 15 dias para retirar todos os animais que estão em um abrigo embargado pela prefeitura da cidade. O caso foi parar na Justiça. Em 1ª instância, o juiz Océlio Nobre determinou que o município tomasse providências para acolher os felinos, mas a gestão recorreu e o Tribunal de Justiça suspendeu a decisão.
VÍDEO: ONG de animais despejada pede ajuda para terminar o novo abrigo
As protetoras já conseguiram um local para levar os gatos. O imóvel está sendo construído por uma imobiliária especialmente para a ONG. No entanto, a obra está longe de terminar. Além disso, as protetoras precisam de doações para garantir que o ambiente seja seguro para receber cerca de 60 felinos.
“Além da parte estrutural que vai ser feita por essa empresa, nós precisamos deixar o local mais acolhedor. Nós precisamos de tela de apartamento para evitar que os animais fujam, nós precisamos de sombreamento porque o local é extremamente quente, precisamos de mudas de árvores grandes, gramas, madeiras para fazer nichos, tinto para pintar o espaço”, explicou a protetora Pity Castilho.
De acordo com as voluntárias, o local onde os gatos estão atualmente foi interditado porque a prefeitura informou que ele não poderia estar em uma área urbanizada. Com o abrigo embargado e o outro em obras, as protetoras temem pelo futuro dos animais acolhidos. Muitos estão em tratamento médico, outros nasceram no abrigo e não saberiam viver nas ruas.
“O abrigo surgiu da necessidade porque nós protetoras temos constantemente animais abandonados nas nossas portas. Você abre de manhã o portão e tem lá uma caixa com cinco ou seis gatinhos, cãezinhos. Como estávamos sobrecarregando nossas famílias, decidimos nos juntar, alugar um local e cuidar dos animais”, reforçou Pity.
“O medo é que a gente não consiga o abrigo a tempo e que sejamos obrigados a sair do lugar que estamos porque não temos condições de arcar com a multa e não termos onde colocar os animais. Somos apegadas a eles, isso causa muita aflição”, concluiu a voluntária Laureana Barbosa.

Por Jesana de Jesus e Aurora Fernandes
Fonte: g1