Xeique dos Emirados Árabes leva cavalo à morte e tem maior punição da história da Federação Equestre Internacional: 20 anos

Xeique dos Emirados Árabes leva cavalo à morte e tem maior punição da história da Federação Equestre Internacional: 20 anos
O cavaleiro emiradense Abdul Aziz Bin Faisal Al QasimiInstagram

Xeique dos Emirados Árabes e até então cavaleiro da Federação Equestre Internacional (FEI), Abdul Aziz Bin Faisal Al Qasimi ganhou destaque internacional no hipismo. Infelizmente não por seu rendimento enquanto atleta, mas por uma triste notícia. Abdul recebeu simplesmente a maior punição da história da FEI: 20 anos de suspensão.

A retaliação é fruto do tratamento ilegal que ele fez em seu cavalo, tão forte que levou o animal à morte. A entidade, afirma que o posicionamento firme no caso tem fim educativo.

– Este é realmente um ótimo resultado para o bem-estar dos cavalos e a luta contra o doping no esporte equestre. Estamos muito felizes em ver uma sanção tão forte proferida pelo Tribunal da FEI e ela oferece um aviso severo a outras pessoas, de que o Tribunal não tolerará casos de abuso de cavalos – disse Mikael Rentsch, diretora jurídica da FEI.

A punição recorde só veio nesta semana. No entanto, a trágica morte aconteceu em outubro de 2016, quando Castlebar Contraband sofreu uma fratura exposta em um evento realizado na França. A lesão foi tão grave que o cavalo precisou ser sacrificado. Segundo relatórios dos veterinários, o motivo do “acidente” teria sido o uso indevido da “xilazina”, que é usada como sedativo, analgésico e relaxante muscular, mas é proibida em competições.

Segundo a FEI, a substância aumenta o risco de lesões “catastróficas” e foi determinante para o óbito do animal. A defesa do cavaleiro dos Emirados Árabes alegou que o uso da “xilazina”, identificada nos testes, teria acontecido apenas no processo de eutanásia do animal. Posteriormente, essa versão foi desmentida.

Agora, o xeique Abdul só poderá voltar a participar de eventos da FEI em 2040. Os 20 anos de suspensão levam em conta 18 anos por “abusar” do animal e outros dois por violar regras sobre medicamentos controlados para equinos. Além da proibição, o cavaleiro também teve que pagar uma multa equivalente a R$ 160 mil.

Fonte: Globo Esporte


Nota do Olhar Animal: As competições equestres são fonte de muitos maus-tratos cometidos contra os animais, seja por criarem situações de lesão, que muitas vezes resultam no abate sumário dos bichos, ou por serem drogados, como noticiado acima. O hipismo em todas as suas formas é uma atividade a ser banida.

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