Zoo alemão pondera matar animais para alimentar outros como forma de sobreviver à crise

Se visto como o último recurso, mas isso não impede Verena Kaspari, diretora do jardim zoológico de Neumünster, de colocar a hipótese em cima da mesa. Uma “desagradável” derradeira solução que, mesmo assim, seria incapaz de resolver o problema financeiro criado pela crise.
A pandemia encerrou indústrias completas e os jardins zoológicos são uma delas. O problema é que no que diz respeito aos animais, não há lay-off que resolva o problema. Eles continuam a ter que ser alimentados para sobreviverem.
A solução imediata passa pelos apelos a doações, mas Kaspari reconhece que é possível que chegue a altura em que seja necessário decidir que uns animais têm que morrer para que outros possam sobreviver.
“Se chegarmos a isso, teremos que eutanasiar animais para não deixar outros morrer”, revela, citada pela “BBC”. “Já temos uma lista dos animais que serão abatidos primeiro.”
Pertencente a uma associação que não recebe apoios do estado, o zoo de Neumünster prepara-se para enfrentar uma perda de receitas na ordem dos 175 mil euros só nesta primavera. A solução, explica Kaspari, passa pelas doações do público e um pedido extraordinário de financiamento ao governo.
Esta não é a primeira vez que jardins zoológicos recorrem à eutanásia. Em 2014, o zoo de Copenhaga envolveu-se numa polémica por ter matado uma girafa para evitar a consanguinidade. o problema é que o desmembramento do animal ocorreu em frente ao público. O animal acabou por servir de alimento aos leões do jardim.
Por Daniel Vital
Fonte: NIT / mantida a grafia lusitana original
Nota do Olhar Animal: Chocante e ao mesmo tempo não muito diferente do que ocorre cotidianamente na natureza.