Nova York: ativistas ocupam matadouro no Brooklyn na Sexta-Feira Santa

Nova York: ativistas ocupam matadouro no Brooklyn na Sexta-Feira Santa
Ativistas dos direitos dos animais pedem ao dono do matadouro para mostrar piedade durante o feriado de Páscoa dando a eles dois cordeiros.

Na Sexta-feira Santa, 15 ativistas dos direitos dos animais ocuparam um matadouro no Brooklyn, em um esforço para chamar a atenção do público para os cordeiros que são mortos para o jantar de Páscoa. Eles permaneceram lá dentro até a polícia chegar 20 minutos depois. Apesar de não conseguirem resgatar nenhum animal, capturaram imagens de cordeiros e cabras em seus momentos finais.

“Queríamos apelar para a consciência da administração durante o feriado, dando-lhes a chance de poupar duas vidas”, disse Jill Carnegie, uma das organizadoras do protesto. “Mesmo com o tema da “nova vida” abrangendo múltiplos sistemas de crença, eles se recusaram. Como resultado, nos sentimos compelidos a ocupar seu lugar de negócios”.

Durante o fim de semana da Páscoa, os ativistas dos direitos dos animais em todo o mundo foram às mídias sociais para demonstrar a inconsistência de comer animais durante a Páscoa, um feriado que celebra a vida. Quase 1.000 pessoas compartilharam palavras de sabedoria publicadas pelo porta-voz vegano Ed Winters, também conhecido como Earthling Ed.

“A tradição cultural de abater cordeirinhos para a Páscoa é tão brutalmente contraditória ao nosso carinho cultural por esses animais. Os cordeiros são encontrados em muitas coisas relacionadas a crianças humanas: livros, brinquedos, roupas, decoração, cantigas infantis e contos de fadas. Nós os conectamos com nossos próprios filhos, pois eles são cheios de inocência e vida.

“As ovelhas têm uma ligação profunda com seus filhotes, e os cordeiros são conhecidos por formarem relações muito próximas com suas mães. Ovelhas, como todas as mães (humanas e não humanas), ficam angustiados quando não conseguem encontrar seus filhos. Assim, as ovelhas cujos filhotes são usados para a “produção” de cordeiros sofrem muita dor e perturbação quando seus bebês lhes são retirados, ano após ano. Comemos bebês em nome da tradição e destruímos famílias em nome da paz. Isso não é da nossa natureza, já que nunca levaríamos uma criança para um matadouro para testemunhar como uma “perna de carneiro” chegou à mesa de jantar da família.

“A Páscoa é uma celebração da vida, então por que tantos sofrem e morrem? O sangue não precisa ser derramado para celebrarmos. As bases de muitas de nossas tradições vêm da ideia de união e fraternidade, então, de fato, hoje e todos os dias, vivamos por esses valores e nos comprometamos a não apenas viver em união com nossa própria espécie, mas com todas as espécies”.

Por Donny Moss / Tradução de Fátima C G Maciel

Fonte: Their Turn

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