Tosquiadores peruanos de lã de alpaca vão a tribunal após investigação da PETA

Tosquiadores peruanos de lã de alpaca vão a tribunal após investigação da PETA
Alpaca. Créditos: Unsplash.

Os tosquiadores de uma fazenda de alpacas no Peru deverão ser levados ao tribunal em julho, depois que um relatório da People for the Ethical Treatment of Animals (PETA – Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais) descreveu evidências de graves abusos contra animais no local.

Uma investigação secreta realizada pela organização revelou supostas práticas horríveis realizadas na fazenda Mallkini, onde cinco tosquiadores foram acusados de crueldade contra animais domésticos pela polícia nacional.

De acordo com a PETA, que apresentou a queixa formal, os trabalhadores foram vistos tosquiando alpacas com tosquiadeiras elétricas, batendo nos animais contra mesas e fazendo com que alguns “vomitassem de medo”.

Em resposta ao anúncio do julgamento, o vice-presidente da PETA, Daniel Paden, disse: “Essas acusações históricas enviam uma mensagem de que a indústria da alpaca não pode mais mutilar animais que gritam e sangram impunemente.”

“A PETA espera que esses tosquiadores sejam responsabilizados e pede aos consumidores que nunca comprem lã de alpaca.”

Diante da investigação, a PETA observou que muitos dos principais varejistas haviam proibido o uso de lã de alpaca, especialmente da família Mallkini, que pertence ao fornecedor de lã e fios de alpaca Michell Group.

A organização sem fins lucrativos observou que, embora tenha conseguido acordos com empresas como Marks & Spencer, Esprit, Gap e H&M Group, que cortaram os laços com a Michell como resultado, ainda estava pedindo a outras, como a Anthropologie, que seguissem o exemplo.

Por Rachel Douglass / Tradução de Ana Carolina Figueiredo

Fonte: FashionUnited

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