Após veto, governador do Acre sanciona lei que institui política de controle da população de animais

Após veto, governador do Acre sanciona lei que institui política de controle da população de animais
Projeto abrange animais em situação de rua, de famílias de baixa renda e organizações sociais de proteção animal — Foto: Reprodução/ONG Patinha Carente

Após ser vetado pelo governador Gladson Cameli, um projeto de lei que institui a política de controle da população de animais no Acre foi sancionada e publicada no Diário Oficial do Estado desta quinta-feira (17).

O projeto estava na lista de vetos anunciados na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) na quarta-feira (16), mas o governador voltou atrás. O PL é de autoria da deputada Michelle Melo (PDT), da base aliada de Cameli.

A lei prevê a adoção de procedimentos como esterilização, uso de microchips, e gestão integrada. Será implantado um sistema estadual único de informações para viabilizar o controle. Além disso, veda a prática de eutanásia para conter o crescimento populacional de animais.

“O Estado, em conjunto com os municípios, firmará cooperação técnica para implantação do sistema estadual único de informações sobre a gestão do controle populacional de animais domésticos. Parágrafo único. Os municípios poderão fornecer ao órgão estadual responsável pela coordenação do sistema único de informações relativas a animais domésticos sob sua esfera de competência, na forma e na periodicidade estabelecidas em regulamento”, diz um trecho da lei aprovada.

Sobre a abrangência do projeto, o texto considera as seguintes classificações:

  • animais domésticos em situação de rua;
  • animais domésticos com tutores de baixa renda;
  • organizações sociais de proteção animal;
  • animais domésticos tutelados por pessoas em situação de rua;
  • protetores independentes com tutela de, pelo menos, cinco animais.

A justificativa do PL apresenta como objetivos proteger os animais domésticos, a saúde pública e o meio ambiente, estimular a guarda responsável e adoção consciente de animais domésticos, buscar a redução dos níveis de abandonos e maus-tratos de animais domésticos, entre outros.

O plano tem vigência indeterminada, com ações visando o intervalo dos próximos 10 anos, com revisão a cada dois anos.

“É vedada a eutanásia de animais como forma de controle populacional de animais domésticos”, ressalta um artigo.

Fonte: g1

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