Campinas (SP) finaliza licitação para manejo e esterilização de capivaras

Campinas (SP) finaliza licitação para manejo e esterilização de capivaras
Por se tratar de animal silvestre, a captura e esterilização de capivaras dependem de autorização estadual (Carlos Bassan/Arquivo PMC)

A Secretaria de Administração da Prefeitura de Campinas publicou na edição do Diário Oficial desta segunda-feira (19) a homologação e adjudicação da licitação para contratação de serviço médico veterinário de vasectomia e salpingectomia das capivaras que vivem nos parques públicos da cidade. Com a licitação, o valor de cada cirurgia caiu de R$ 2.725,00 (valor de referência) para 1.090,00, uma economia de 60% para os cofres municipais. A empresa vencedora é A Z Nunes & Cia Ltda.

Segundo a Secretaria de Administração, a previsão é que a homologação e adjudicação do edital para a contratação de empresa que fará o serviço de captura das capivaras, alocação em área de manejo, alimentação diária e posterior devolução aos seus parques seja publicada na terça-feira (20).

Após a publicação no DO, os processos seguem para a Secretaria de Justiça para registro da ata de preços e redação do contrato. Segundo o Departamento de Proteção e Bem-Estar Animal (DPBEA) da Secretaria do Clima, Meio Ambiente e Sustentabilidade (Seclimas), a Ordem de Serviço para execução dos serviços será assinada depois que o Departamento de Fauna (Defau) da Secretaria Estadual de Meio Ambiente autorizar o manejo dos animais. O processo junto ao Estado está em andamento e a previsão é que os serviços possam ser realizados a partir de maio de 2024.

Como vai funcionar

Durante o procedimento, as capivaras que vivem livremente nos parques públicos serão capturadas, identificadas, microchipadas, alimentadas, examinadas e encaminhadas para um centro cirúrgico onde serão esterilizadas. Os machos passarão por vasectomia e as fêmeas pela salpingectomia. Depois serão devolvidas ao local onde vivem.

A Seclimas estima que 200 animais serão esterilizados. A prestação de serviço para o manejo das capivaras envolve a captura, transporte, alocação em área de manejo, alimentação e devolução aos parques de origem.

Parques

A ação está prevista para começar em maio em 10 parques públicos:

  • Lago do Café,
  • Lagoa do Taquaral,
  • Parque das Águas,
  • Lagoas do Comando do Exército,
  • Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim,
  • Lagoa do São Domingos,
  • Parque Ecológico do Jambeiro,
  • Lagoa da Escola de Cadetes,
  • Parque Linear Ribeirão das Pedras
  • Parque Linear Lagoa do Mingone.

Nesses locais haverá participação direta das secretarias de Saúde, Serviços Públicos, Seclimas e da Sanasa.

O trabalho é coordenado pelo Comitê Municipal de Enfrentamento das Arboviroses e Zoonoses. No comitê é discutida a situação epidemiológica da cidade e, com isso, são desencadeadas as ações intersetoriais e apoio para as ações da Secretaria de Saúde.

Febre maculosa

A esterilização das capivaras tem por objetivo controlar a população desses animais silvestres para diminuir os riscos de transmissão de febre maculosa, que é uma doença grave, que envolve a capivara e o carrapato. “A ação retrata o cuidado da Prefeitura com a qualidade do manejo dos animais silvestres e, acima de tudo, com a saúde da população que frequenta os parques públicos, tendo em vista a redução dos riscos da febre maculosa”, explica o titular da Seclimas, Rogério Menezes.

Em 2022 foram confirmados 11 casos de febre maculosa em Campinas, sendo 9 delas com transmissão no município. Houve registro de 7 mortes. No ano passado, foram 10 casos confirmados, 9 com transmissão no município e também com 7 óbitos.

Fonte: Correio Popular

Manejo não letal de capivaras

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