Com fim de quarentena, chimpanzé Black interage com ‘vizinhas’ de recinto em santuário
O chimpanzé Black, que foi transferido do Parque Zoológico Municipal de Sorocaba (SP) para o Santuário dos Grandes Primatas em maio, após uma determinação judicial, começou a interagir com outros primatas com o fim da quarentena.
O local é uma propriedade particular, mantida por uma família fundadora, e é afiliado ao Great Ape Project/Projeto dos Grandes Primatas (GAP). Por meio de janelas, o Black consegue até tocar as “vizinhas” Margarete e Maria.
Atualmente ele vive em uma área com grama, uma estrutura de três andares e com um cesto panorâmico. O animal é considerado idoso e realiza exames regularmente para acompanhamento da saúde.
Anteriormente, uma decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou a transferência do chimpanzé para o santuário.
A falta de convívio com a espécie foi um dos argumentos do pedido de transferência, feito pela Agência de Notícias de Direitos Animais (Anda) e pela Associação Sempre Pelos Animais, de São Roque (SP).
Black chegou ao zoo de Sorocaba na década de 1970, quando foi resgatado de um circo. Segundo os veterinários do local, ele teve duas companheiras. Desde que a última morreu, há cerca de 10 anos, Black vive sozinho.
No recinto temporário também há um tipo de refeitório com uma mesa e um banco, onde ele faz as refeições, além de duas camas e cobertores.
Uma porta fica aberta 24 horas por dia para que Black possa sair para a área externa e só é fechada quando os funcionários precisam fazer a manutenção do local. Segundo os veterinários do GAP, a alimentação dele é baseada em frutas e legumes.
Transferência
A transferência é discutida na Justiça há mais de um ano. Em primeira instância, a mudança foi negada, mas a nova decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo foi favorável.
Cerca de 12 manifestantes chegaram a manifestar no zoológico no dia da mudança para tentar impedir a entrada do caminhão que faria o transporte.
Ao G1, Jorge Marum, promotor do Meio Ambiente, comentou que a decisão judicial tinha que ser cumprida, mas pode haver a reversão dessa decisão no processo.
Por Carlos Dias, G1 Sorocaba e Jundiaí
Fonte: G1