Poluição pode ser uma das causas do encalhe de baleias

Poluição pode ser uma das causas do encalhe de baleias
Com ajuda de pescadores, biólogos conseguem soltar baleia encalhada na Baía de Sepetiba (Foto: Kátia Silva / Divulgação)

A baleia-jubarte que estava encalhada na Baía de Sepetiba, desde quinta-feira, conseguiu voltar ao mar na tarde de sábado com a ajuda de biólogos e pescadores da região. Foi o terceiro caso de encalhe em menos de uma semana no litoral do Rio. Quinta-feira, após passar 24 horas presa na Praia Rasa, em Búzios, uma jubarte foi solta após grande mobilização popular. Apenas a baleia encalhada na Ilha Grande não teve final feliz: ontem, apesar dos esforços, o animal morreu.

Os três casos despertaram grande curiosidade. Quais seriam os motivos dos incidentes? Sabe-se que, de abril a novembro, após se reproduzirem em Abrolhos, no sul da Bahia, elas descem em direção à Antártica, margeando a costa brasileira, com pico no mês de agosto. No entanto, isso se dá desde que mundo é mundo — e oceano é oceano. Segundo especialistas, diversas são as possibilidades para explicar os casos recentes.

— A população de jubartes que frequenta a costa brasileira era de dois mil indivíduos entre as décadas de 1980 e 1990. Atualmente, é estimada em 17 mil. Quanto maior o número de indivíduos, maior a probabilidade de encalhes — destacou o biólogo Leonardo Flach, do Instituto Boto Cinza e da Associação Noel Rosa.

O biólogo listou outros motivos: atropelamentos por embarcações; baixa de imunidade e consequente desorientação, provocada pela poluição das águas; colisões com artefatos de pesca; e menor disponibilidade do krill, conjunto de invertebrados que lembram o camarão, considerado o arroz com feijão das baleias.

— Mas podem existir outros motivos que, às vezes, a gente nem consegue imaginar.

Entre os “inimagináveis”, destaca a bióloga Kátia Silva, também do Instituto Boto Cinza, o simples fato da curiosidade. Sim, as baleias são como os humanos nesse quesito, ela diz:

— A Baía de Sepetiba não faz parte da rota das jubartes. A grande maioria não usa o local como trajeto, mas algumas optam por passar por lá. Pode ser apenas para ver o que há ali ou para aproveitar a área abrigada, sem sol e grande (com cerca de 540 quilômetros quadrados) para descansar, relaxar.

Fonte: Extra

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