Cães e gatos eram maltratados em casa que produz alimentos para restaurantes no RJ
Seis cães e sete gatos em avançado estado de inanição, defecando sangue – um dos cães cego e com o olho esquerdo infeccionado – em uma laje imunda, dentro de uma casa, no bairro de Piedade, onde se produz comida fornecida a restaurantes. Este cenário de filme de terror foi encontrado pelo presidente da comissão de defesa dos animais, Luiz Carlos Ramos Filho (Podemos), na manhã desta quarta-feira, 04/12.
O vereador recebeu denúncias de vizinhos, indignados com os maus-tratos aos animais. Luiz Carlos Ramos Filho acionou a delegacia de proteção ao meio ambiente e a subsecretaria de bem estar animal, que participaram do resgate.
“É uma tristeza. Pra que ter animal para maltratar? É um absurdo o estado que encontramos estes bichos. Um local insalubre, animais doentes, um deles cego, defecando sangue. E ainda produzem alimentos! A que ponto chega a maldade e a irresponsabilidade do ser humano”, lamentou Luiz Carlos Ramos filho.
“Os vizinhos contaram que vários animais já morreram dentro dessa casa dos horrores. Sabe-se lá o que foi feito dos cadáveres dos animais”, diz Ramos Filho.
A polícia não descarta a possibilidade de utilização de restos de animais nos alimentos produzidos.
A dona da casa tentou impedir a entrada dos agentes. Ela será encaminhado à delegacia.
O vereador acionou a vigilância sanitária do município, para checar o estado da cozinha e a qualidade dos alimentos produzidos no local.
“A primeira coisa é levantar se eles possuem alvará ou se funcionam clandestinamente. É caso de suspenderão de alvará e multa, minimamente. e essas pessoas precisam responder por crime contra a saúde pública. Imagine comer um yakisoba feito numa casa com essas condições precárias de higiene”, questiona Ramos filho.
Os animais serão levados para o abrigo da fazenda modelo, onde vão ser medicados e chipados.
De acordo com o veterinário Mileno Lagrotq, da Subem, um deles vai ter o olho esquerdo retirado, por estar em avançado estado de infecção. Depois de tratados, os animais serão castrados.
Por Felipe Lucena
Fonte: Diário do Rio