Câmara Federal aprova projeto que pune crime de zoofilia com até 6 anos de prisão

Câmara Federal aprova projeto que pune crime de zoofilia com até 6 anos de prisão
Plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília — Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (9) um projeto que prevê pena de até seis anos de prisão para quem praticar o crime de zoofilia. O texto vai ao Senado.

A zoofilia consiste em praticar ato libidinoso ou ter relação sexual com animal de qualquer espécie não humana.

O ato pode causar ferimentos, fraturas, hemorragias, levar à morte e à incapacidade permanente dos bichos.

A proposta, de autoria do deputado Fred Costa (Patriota-MG), altera lei que trata sobre crimes contra a fauna para incluir a zoofilia no rol de punições.

O texto cria um tipo específico para a prática. De acordo com o projeto, a pena será de dois a seis anos de detenção, multa e proibição da guarda do animal.

A pena é aumentada até o dobro se o animal morrer. A proposta também inclui a zoofilia na lista de crimes passíveis de prisão temporária — sem condenação.

Atualmente, a zoofilia se enquadra como crime de maus-tratos a animais.

A lei prevê detenção de três meses a um ano e multa, para quem praticar atos de abuso, maus tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos.

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‘Ato perverso’

Para Fred Costa, a zoofilia é uma prática inaceitável e uma sentença de morte para muitos animais.

“É um ato de covardia que é, sim, maus-tratos, e, por isso, precisa ser punido devidamente”, afirmou.

O relator do texto, deputado Marcelo Queiroz (PP-RJ), classificou a zoofilia como ato bárbaro e covarde.

“Da mesma forma que uma agressão, um ferimento ou uma mutilação, a prática da zoofilia não permite escolha do animal e explicita a sua submissão e fragilidade perante o ser humano. Cabe, portanto, uma ação mais dura do Poder Público para reprimir tais atos e criar instrumentos que possibilitem o cumprimento integral dos comandos constitucionais”, escreveu em seu parecer.

Por Luiz Felipe Barbiéri e Elisa Clavery

Fonte: g1

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