Fazendeiros são indiciados por morte de quase 9 milhões de abelhas com uso de agrotóxico em Goiás

Fazendeiros são indiciados por morte de quase 9 milhões de abelhas com uso de agrotóxico em Goiás
Abelhas encontradas mortas em apiários de Bela Vista de Goiás e Silvânia. — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Três fazendeiros foram indiciados pela morte de quase 9 milhões de abelhas em Bela Vista de Goiás e em Silvânia. Segundo a Polícia Civil, a morte foi causada por uso irregular de agrotóxico em lavouras próximas aos apiários onde eram criados os insetos. Vídeos mostram montes de abelhas no chão, mortas (assista abaixo).

VÍDEO: Fazendeiros são indiciados por morte de quase de 9 milhões de abelhas em Goiás

Os nomes dos fazendeiros não foram divulgados e, com isso, o g1 não conseguiu identificar a defesa deles até a última atualização dessa reportagem.

A polícia divulgou o indiciamento na terça-feira (16). De acordo com as investigações, as colmeias onde aconteceram as mortes das abelhas ficam próximas a plantações de soja e sorgo.

As abelhas vão às plantações para fazer a polinização e acabam carregando parte do agrotóxico para as colmeias, contaminando todo o enxame. As mortes aconteceram na última semana.

A utilização de forma indevida do agrotóxico e que possa causar danos à saúde, à fauna e à flora são crimes ambientais”, disse o delegado Luziano de Carvalho.

O delegado explicou que há uma legislação de determina a forma de se usar os agrotóxicos em lavouras. Ele explicou ainda que vai fazer um trabalho junto a criadores de abelha e agricultores para que não haja novamente a morte de abelhas.

“Cadastre seu apiário [junto a Agrodefesa] e avise seus vizinhos, os proprietários de lavoura, para que não utilizem [o agrotóxico] e se utilizarem, que tenham um horário, tenha distância. Sabemos das pragas, que tem que ser usado, mas tudo isso tem norma e técnicas”, completou.

Se condenados, os indiciados podem pegar quatro anos de prisão, além de multa de R$ 2 milhões. Todos os investigados respondem em liberdade.

Por Vitor Santana

Fonte: G1

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