ONG sul-coreana protetora dos animais é denunciada por sacrifício de cachorros

ONG sul-coreana protetora dos animais é denunciada por sacrifício de cachorros
Foto de arquivo. EFE/Barbara Walton

Várias organizações denunciaram nesta sexta-feira a responsável de uma ONG dedicada a resgatar cachorros na Coreia do Sul, que foi acusada de sacrificar centenas de animais nos últimos três anos e se apropriar das doações.

As organizações apresentaram diante de um Tribunal em Seul um pedido para que a polícia investigue as acusações que pesam sobre Park So-yeon, chefe-executiva da ONG Care, por ter supostamente sacrificado em segredo mais de 200 cachorros sem lar desde 2015, informou a agência “Yonhap”.

Na denúncia também acusa Park de ter se apropriado fundos fornecidos por doadores para, entre outras coisas, adquirir um terreno para uso pessoal.

As acusações foram reveladas quando um voluntário da organização denunciou há poucos dias diante dos veículos de imprensa que Park tinha sacrificado muitos animais sem consentimento dos outros funcionários da Care.

Park admitiu ter sacrificado com injeções letais cachorros nas instalações da ONG, mas assegura que só fez com aqueles que estavam doente demais.

A mulher também negou o resto de acusações e anunciou que oferecerá uma entrevista coletiva em 19 de janeiro para explicar seus argumentos.

O caso suscitou uma grande controvérsia, já que Care e Park, à qual a imprensa local tinha batizado como “a rainha dos resgates”, tinham uma excelente reputação protegendo os direitos animais no país.

A ONG ficou conhecida principalmente pelo seu trabalho para resgatar cachorros das fazendas de criação que depois vendem sua carne para consumo humano.

A culinária coreana tem vários pratos tradicionais preparados com carne deste animal, que segundo as crenças populares era boa para a libido masculina.

No entanto, os sul-coreanos mudaram progressivamente a postura com relação ao de cachorro, algo que um número crescente de cidadãos, especialmente os mais jovens, rejeitam hoje em dia.

Fonte: EFE

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