Operação contra farra do boi interdita propriedade e apreende animais em SC

Operação contra farra do boi interdita propriedade e apreende animais em SC
Animal é apreendido durante Operação Quaresma em Governador Celso Ramos nesta sexta-feira (1º) — Foto: Polícia Militar/Divulgação

A Polícia Militar e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) interditaram uma propriedade e apreenderam animais nesta sexta-feira (1º) em Governador Celso Ramos, na Grande Florianópolis. A ação é parte da Operação Quaresma, que visa o combate à farra do boi, que costuma se intensificar entre o carnaval e a Páscoa.

Na operação, os órgãos fiscalizam pastos e locais que, segundo investigações, têm irregularidades como animais sem identificação ou de origem desconhecida e criação proibida.

Além da interdição, outras três propriedades foram notificadas e duas, multadas. Em relação aos animais, as autoridades encontraram 27 cabeças de gado irregulares. Foram apreendidos 11 bois, um javali e quatro javaporcos por criação proibida.

Ameaça aos rebanhos

A operação também visa o combate a qualquer tipo de maus-tratos e exploração de animais. O trabalho das autoridades é ainda para garantir a biossegurança no estado.

Conforme o governo do estado, o boi sem comprovação de origem é uma ameaça à saúde do rebanho catarinense e à população. Isso porque o estado tem uma condição sanitária diferenciada, de rebanhos sem vacinação contra febre aftosa desde 2000.

Dessa forma, um animal doente ou imunizado contra a febre aftosa representa um risco para a produção da carne catarinense.

Em relação à farra do boi, o número de ocorrências tem caído, de acordo com o governo. Em 2014, foram 356. Em 2018, 177. O setor de Inteligência da PM vai ajudar na identificação das pessoas que patrocinam essa ação ilegal.

Fonte: G1


Nota do Olhar Animal: Quando se fala em “biossegurança” se quer dizer que há temor por parte das autoridades de que os animais abusados em farras do boi representem risco para o lucro dos pecuaristas, pois por terem origem desconhecida podem ser portadores de alguma doença e contaminar os animais explorados para consumo. Os bois retirados de farra são sumariamente abatidos pelo órgão estadual Cidasc. A lei criada para proteger os animais dos farristas é usadas pelas autoridades estaduais para massacrar estes animais.

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