‘Parecia um campo de concentração’. Ativistas captam olhares de porcos na entrada de matadouros
Na manhã de segunda-feira, 10, um grupo de ativistas de Porto Alegre e de Lageado denominado ‘Coletivo Antiespecista RS’ se reuniu para fazer vigília em frente aos matadouros Dália e BRF, nos municípios de Encantado e Lageado.
A ação pacífica tinha o único objetivo de capturar a imagem dos mais de 6.000 animais que chegavam empilhados amontoados e sujos, entre olhares plenamente conscientes de seu destino.
Segundo o relato dos ativistas, o cheiro de morte é insuportável e os gritos podem ser ouvidos a mais de duas quadras, uma vez que o matadouro fica em plena cidade rodeado de casas e apartamentos.
Nas imagens capturadas e postadas no Facebook dos membros do coletivo, pode-se observar que os porquinhos buscam conectar-se aos ativistas num de ensejo desesperançoso entre profunda mágoa e incompreensão e, quem sabe, algum tipo de interferência que possa lhes dar clemência pela morte que se aproxima como pena do único “crime” que cometeram: terem nascido animais que morrem sem que quase ninguém lamente.
Os porcos são muito parecidos com as crianças humanas: são divertidos, brincalhões, inocentes, também amam brincar de jogar bola, pega-pega, corrida e outros jogos. Eles transformam em brinquedos caixas de papelão e outros objetos que encontram pelo caminho.
São curiosos e perspicazes, e têm uma excelente memória. Estão em 4º lugar entre as espécies mais inteligentes do planeta, à frente até mesmo dos cães. Seu nível de inteligência cognitiva (semelhante à de uma criança de três anos) permite que eles reconheçam seus nomes, obedeçam a comandos, sonhem e usem espelhos para localizar comida.
Estudos mostraram que os porcos são capazes de lembrar direções e encontrar o caminho de casa mesmo a longas distâncias, além de se recordar de pessoas e outros porcos.
Eles são capazes de formar laços com pessoas e outros animais e de demonstram afeto. Gostam de viver em grupo e de dormir juntos, às vezes aninhando-se nariz com nariz.
Ao contrário do que a maioria das pessoas acredita, eles nunca utilizam o local em que comem e dormem como banheiro. Isso só acontece quando não há espaço suficiente. Os porcos também adoram tomar banho em água limpinha. Os suínos se lambuzam em lama porque, como não conseguem transpirar, a lama os ajuda a se refrescar nos dias mais quentes e funciona como um protetor solar para suas peles delicadas que não suporta mais que 30 graus. Quando ouvir a expressão “suando como um porco”, saiba que isso é impossível.
Altruístas, existem muitas histórias de porcos que salvaram a vida de pessoas. Eles já salvaram humanos e outros animais de incêndios, afogamentos e até assaltos.
Repense seus hábitos alimentares. O único motivo de alguém matar esses animais é porque existem pessoas que os comem. Animais são seres sencientes, pensam, sentem, amam, sofrem; não podem ser reduzidos em salsichas, linguiças, bacon, pernil, etc.
Por Luh Pires