Polícia investiga vídeo de prática de “Quebra pote” com gatos no interior do Piauí

Polícia investiga vídeo de prática de “Quebra pote” com gatos no interior do Piauí

O vídeo de um gato, preso dentro de um pote de barro e perseguido por uma multidão de pessoas no município de Caldeirão Grande do Piauí, ganhou nas redes sociais e tem causado revolta em entidades protetoras dos animais.

Nas imagens, o felino aparece preso dentro de um recipiente de barro enquanto uma aglomeração ao redor, muitos empunhando pedaços de madeira, aguardam o momento em que um popular quebra o pote e o animal sai em disparada.

O episódio teria na última sexta-feira (15) e as cenas foram rapidamente replicadas na internet. Em uma das publicações houve relatos de que o animal teria sido agredido pela mídia.

Por meio de nota, a Prefeitura Municipal de Caldeirão Grande do Piauí disse lamentar a ação, popularmente conhecida como “Quebra Pote”, é realizada há décadas na cidade pela própria comunidade, mas sem apoio da comunidade pública.

No comunicado, a gestão municipal se compromete em cooperar com os órgãos e autoridades competentes para apurar o caso em executar ações de conscientização da população e políticas educativas para “mudar essa realidade”.

 

 
 
 
 
 
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Delegado abre inquérito

O delegado Emir Maia, titular da Delegacia do Meio Ambiente, informou ao Cidadeverde.com que a delegacia tomou conhecimento do caso em Caldeirão Grande do Piauí no domingo (17) e que na segunda-feira (18) lavrou um boletim de ocorrências sobre o caso.

“Ouvimos um ambientalista ligado à causa animal, que nos encaminhamos vídeos, imagens, e instauramos um inquérito policial. Vamos até a cidade para saber se realmente se trata de um crime ou não”, destacou o delegado Emir maia.

O delegado criticou ainda a notícia de que o fato trata de um traje na cidade. O que, segundo o delegado, não exclui o crime.

“Ele não pode ser contra a lei. Nós iremos à cidade para identificar os autores. Se realmente como provado à Justiça, se for nenhum crime de maus tratos, os autores serão indiciados e o inquérito remetido à Justiça”, completou o delegado Emir Maia.

Por Breno Moreno e Nataniel Lima

Fonte: Cidade Verde

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