Repórteres investigativos procuram chefão desaparecido do comércio ilegal de bicho-preguiça

Repórteres investigativos procuram chefão desaparecido do comércio ilegal de bicho-preguiça
Phil Whitehouse/Flickr

Em toda a América do Sul, as preguiças bebês são caçadas na natureza para serem vendidas aos turistas como animais de estimação ou para serem usadas como adereços de fotos.

Há um homem, em particular, que é considerado um líder no comércio ilegal de preguiças: Isaac Bedoya. De acordo com a National Geographic, ele é um dos mais notórios comerciantes de preguiças da América Latina.

Repórteres investigativos procuram chefão desaparecido do comércio ilegal de bicho preguiça

Apesar de sua reputação, não há um registro atualizado de Bedoya há anos. Ele foi condenado por vender preguiças em 2015, mas teria sido pego vendendo-as novamente apenas dois anos depois – apesar de estar em prisão domiciliar.

Na tentativa de aprender mais sobre o comércio, Natasha Daly, da National Geographic, partiu para a Colômbia para encontrar Bedoya e descobrir se ele ainda está no topo do cartel da preguiça. Mas sua busca acabou produzindo mais perguntas do que respostas.

Encontrando-se com o caçador de animais selvagens Joaquín Basillo, que afirma conhecer Bedoya, Daly soube que a prisão e condenação de Bedoya podem não ter sido levadas tão a sério quanto as autoridades gostariam que o público acreditasse.

“A pulseira, a prisão domiciliar… é tudo fake news. As baterias raramente são carregadas. Você sabe como é a Colômbia”, brincou Basillo no artigo de Daly.

Daly passou a entrevistar a mãe de Bedoya, que alegou que ele parou de vender preguiças anos atrás. Ela disse que ele agora trabalha como um agricultor honesto, mas se recusou a dizer onde.

Parece que ninguém tem certeza de onde Bedoya está ou se ele ainda é o chefão do comércio de preguiças, mas uma coisa é certa: a caça ilegal de preguiças ainda está viva e indo bem na América do Sul.

Daly explicou em seu artigo que uma das organizações criminosas de transição mais poderosas da Colômbia ajuda a proteger os caçadores de preguiças em troca de informações sobre operações policiais ou militares. Complica os esforços para impedir o comércio, embora as autoridades tenham tentado reprimir em certas áreas.

De fato, a Corporação Autônoma Regional dos Vales do Sinú e San Jorge montou um posto de controle para ajudar a prevenir o tráfico de animais selvagens e compartilhou a notícia no Twitter. No entanto, alguns moradores comentaram no post que o posto de controle era ineficaz na melhor das hipóteses.

Daly encerrou sua busca por Bedoya de mãos vazias e observou que o “cartel” de preguiças “não é um empreendimento criminoso sofisticado e interconectado, mas oferta e demanda em sua forma mais elementar: turistas querendo bebês preguiças e jovens desesperados caçando-os para vender para ganhar dinheiro.”

De acordo com a IUCN, as populações de preguiças estão diminuindo constantemente e é fundamental que paremos a caça ilegal.

Assine esta petição para exigir o fim da caça ilegal de preguiça agora.

Por Malorie Thompson / Tradução de Alice Wehrle Gomide

Fonte: One Green Planet

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