Toninha com sinais de ferimentos é encontrada morta no litoral de SP
Pedestres e banhistas que caminhavam pela orla de Praia Grande, no litoral de São Paulo, foram surpreendidos por uma toninha (Pontoporia blainvillei), uma espécie de golfinho, encalhada na praia do bairro Balneário Flórida. Segundo testemunhas, o animal, já morto, apresentava sinais de ferimentos causados por rede de pesca.
Ao G1, o corretor de imóveis Fernando Troyano, de 40 anos, contou que caminhava pela orla, na tarde da última terça-feira (28), quando percebeu uma movimentação de pedestres próximo a uma viatura, parada na faixa de areia. “Achei que era uma equipe da Guarda Municipal tirando as pessoas da praia, então cheguei perto para ver”.
Ao se aproximar, o morador percebeu que o veículo, na verdade, era do Instituto Biopesca, que prestava atendimento à toninha encalhada. Segundo conta o corretor, o animal apresentava sinais de ferimentos pelo corpo, além de sinais de decomposição.
“Ela possuía vários ferimentos espalhados pelo corpo, que os funcionários disseram que podiam ter sido causados por uma rede de pesca e pelo atrito causado pela areia, enquanto era empurrada pela maré até a praia. É uma cena muito triste, ver o bichinho nessa situação, que pode ter sido causada por pessoas”, afirma Fernando.
De acordo com o Instituto Biopesca, a fêmea adulta de toninha foi recolhida sem vida e em estado avançado de decomposição pela equipe que realiza o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS). A ação aconteceu após o instituto ser acionado por moradores.
Segundo o Biopesca, a toninha é uma espécie de golfinho que vive em áreas costeiras, como o litoral de São Paulo, e que enfrenta ameaça de extinção, principalmente por ingestão de lixo, destruição do habitat e captura acidental pela pesca. Desde o início da execução do PMP-BS, em 2015, o Biopesca recolheu 410 toninhas mortas.
O PMP-BS é uma atividade condicionante para a produção e escoamento de petróleo e gás natural da Petrobras na Bacia de Santos, conforme explica o Biopesca, e que avalia os impactos da atividade sobre aves, tartarugas e mamíferos marinhos. Para o resgate ou recolhimento de animais vivos ou mortos, o instituto pode ser acionado por meio do telefone 0800-6423341.
Fonte: G1