Tutor do cão Apollo, morto por “eutanásia”, entra com ação por danos morais contra Prefeitura de Maceió

Tutor do cão Apollo, morto por “eutanásia”, entra com ação por danos morais contra Prefeitura de Maceió
Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal

A defesa dos tutores do Cão Apollo ajuizou, nesta quinta-feira (09), uma ação de indenização por danos morais contra a Prefeitura de Maceió, em razão da morte por eutanásia do cão Apollo, realizada pela Unidade de Vigilância de Zoonoses, em fevereiro deste ano.

De acordo com a defesa, que é representada pelo advogado Ronald Pinheiro, a ação foi ajuizada diante dos sofrimentos e dores ocasionados ao tutores após a morte do animal. “O ato traumático, sendo enquadrado como um procedimento desnecessário, além de causar inúmeras dores e sofrimentos para os donos decorrentes da morte do animal de estimação, também vai contra as leis de proteção aos animais, que preveem a adoção de medidas para garantir a sua integridade física e mental”, diz a defesa.

Ainda segundo o advogado, a ação também tem como objetivo conscientizar sobre a proteção e os cuidados com os animais. ” É esperado que a Prefeitura de Maceió assuma a sua responsabilidade neste caso e tome as medidas necessárias para evitar que situações como esta voltem a ocorrer. A situação também permite um reforço da importância da conscientização sobre a proteção e os cuidados com os animais, fazendo com que este caso seja um exemplo para que outras instituições e indivíduos tenham mais respeito e cuidado com os mesmos”, acrescentou.

O caso – Após fugir da casa de seu tutor, em Cruz das Almas, na manhã da última sexta-feira, 17, Apollo, um cão da raça weimaraner, de 13 anos de idade, foi finalmente encontrado, na tarde do mesmo dia, na Praia de Jatiúca, por guarda-vidas do Corpo de Bombeiros (CB). Depois de horas sem se alimentar e caminhando longa distância, o animal estava desidratado e exausto. Os militares o acolheram, deram água e o colocaram na sombra.

O que parecia ser o alívio para o tutor do Apollo e para a médica veterinária do cão, Leila Patrícia Correa, que procuravam aflitos o animal desde o dia anterior, se transformou em pesadelo. Após encontrarem o animal, os guarda-vidas acionaram a Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ), antigo CCZ, que recolheu Apollo e decidiu pela morte do animal, o procedimento de eutanásia.

Fonte: TNH1


Nota do Olhar Animal: A EUTANÁSIA é um ato de caráter misericordioso e que deve atender aos interesses de quem o sofre, e não aos interesses de quem o pratica. Só pode ser chamado de “eutanásia” o ato de abreviar a vida de um animal com doença incurável e em estado irreversível de sofrimento. Os órgãos públicos de saúde disseminaram o entendimento errado do termo “eutanásia” a fim de tentar minimizar a IMORALIDADE de suas ações de extermínio. Infelizmente, até mesmo protetores usam erradamente esta terminologia.

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