Animais mais velhos, grandes e doentes são os mais rejeitados na hora da adoção

Animais mais velhos, grandes e doentes são os mais rejeitados na hora da adoção

Segundo o secretário do Bem-estar Animal [de São José do Rio Preto, SP], Diego Borges Lourenço, a importância dos animais para a população tem ganhado cada vez mais reconhecimento, gerando leis e estruturas municipais mais atentas a essa causa. Apesar de todas as mudanças, Diego ressalta que ainda há muitos animais em situação de abandono, demonstrando que nem todos acompanham essa evolução de pensamento.

De acordo com Borges, a Secretaria assiste animais em extrema vulnerabilidade, especialmente aqueles que são vítimas de maus-tratos. “Nosso objetivo é alcançar e ajudar aqueles que a sociedade não consegue, pois os casos de maus-tratos envolvem questões legais e a perda de posse do animal”, destaca.

Conforme ele, cada animal resgatado pelo município recebe cuidados tanto físicos quanto emocionais. “Observamos que, em muitos casos, o maior desafio está no comportamento e no estado emocional do animal. Um exemplo marcante é de um dos treze animais resgatados de um caso de maus-tratos severo; apesar de não apresentar problemas físicos, um dos cães não quer sair do canto da baia devido ao trauma sofrido”, compartilha.

Sobre o tempo de recuperação, Diego conta que varia para cada animal, que fica disponível para adoção assim que está apto. “Apesar das frequentes feiras de adoção, ainda temos mais de oitenta animais sob os cuidados da administração municipal. O cão que está conosco há mais tempo chegou em 25 de dezembro de 2021”, conta.

Questionado sobre o processo de adoção e quais os fatores que implicam na demanda, Diego afirma que, características como tamanho, idade e sequelas muitas vezes dificultam a adoção desses animais. “Desse modo, criamos um programa de adoção especial, onde o cão adotado terá respaldo veterinário para tratar as enfermidades existentes no momento da adoção”, pontua.

A cuidadora Adriana Fernandes tem 14 gatos todos resgatados das ruas. Segundo ela, a última adoção foi uma gata prenha. Ela conta que, em seu bairro, não tem presenciado aglomeração de animais em situação de rua, porém acompanha nas redes sociais muitas protetoras que resgatam e dão lar temporário.

“Eu adotei ela na rede social, sou apaixonada por gatos e tenho dó quando os vejo nas ruas. Não hesito em adotá-los, e o melhor é a castração gratuita no Centro de Zoonoses. Todos os meus animais foram castrados lá”, finalizou.

Por Daniela Manzani

Fonte: DHoje