Cachorro paraplégico com cadeira de rodas é resgatado após ser abandonado na chuva no litoral de SP
Um cachorro paraplégico foi abandonado na chuva, em Guarujá, no litoral de São Paulo, junto com uma cadeira de rodas. Segundo Gabriel Paixão, de 26 anos, presidente da ONG Cia de São Francisco, que acolheu o animal, o cão estava molhado, sujo de fezes e enrolado em um pano.
Ao g1, Gabriel contou que a vice-presidente da ONG, Silmara García, encontrou o cachorro no final da tarde desta terça-feira (3), no bairro Enseada. O presidente disse que pediu para tirá-lo da chuva e levá-lo para uma clínica veterinária.
De acordo com Gabriel, as marcas e lesões de Rubinho constataram que o cachorro é paraplégico há algum tempo. Apesar de estar aparentemente bem, eles aguardam o resultado de diversos exames que constatarão a presença de doenças secundárias, e a confirmação de maus-tratos.
O cachorro paraplégico ganhou o nome de Rubinho, em homenagem ao piloto de Fórmula 1 Rubens Barrichello. “Com a cadeirinha de rodas, assim que estiver 100%, já estamos imaginando ele correndo pela ONG”, afirmou.
Indignação
O presidente da ONG afirmou que há um padrão de abandono, geralmente são cães idosos, filhotes ou cadelas no cio [período menstrual]. Essa é a primeira vez que Gabriel se depara com um cachorro paraplégico abandonado. Mas, o que o deixou mais indignado foi Rubinho estar com o equipamento.
“A questão do abandono com a cadeira de rodas deixa evidente que o animal tinha um acompanhamento veterinário, cuidado e família. Isso traz um sentimento de impotência, ficamos sem respaldo, e cada vez mais enxugando o gelo, o que torna o resgate de animais mais difícil”.
A ONG registrou um boletim de ocorrência e espera que o culpado por abandonar o animal seja punido. Assim que o cachorro estiver recuperado, Gabriel o colocará para adoção. No entanto, caso não ache um tutor responsável, Rubinho ficará na instituição, que precisa de doações.
“As pessoas não tem consciência do que é uma posse responsável. Mas, vamos lutar por esse cachorrinho, para que a pessoa que fez isso seja responsável pelo o crime que cometeu. Abandono e maus-tratos é crime”, finalizou.
Por Gyovanna Soares
Fonte: G1