Cão fica com traqueia dilacerada e acaba morrendo após ser baleado em Gaspar, SC; FOTOS

Cão fica com traqueia dilacerada e acaba morrendo após ser baleado em Gaspar, SC; FOTOS
Cão morreu após ser baleado em Gaspar, no Vale do Itajaí. - Divulgação/ND

Tudo começou na noite do último domingo, quando o animal estava na frente de casa e a tutora ouviu ele chorar e ir para a casinha. Ela foi verificar o que o animal tinha e viu uma marca de sangue. Além disso, como o animal começou a ficar inchado, a tutora desconfiou que o cão tivesse sido envenenado.

A tutora do cão contou ao veterinário que não ouviu barulho de disparos e que não sabe quem pode ter cometido o crime.

A mulher chegou a dar um remédio chamado “Específico Pessoa” para o animal, que é comumente utilizado em envenenamentos, mas como o inchaço não diminuiu, a tutora levou o cachorro a uma clínica veterinária.

Na segunda-feira (22), o cão foi avaliado pelo médico veterinário Laerte Lanznaster de Quadros Filho, que percebeu que o inchaço se tratava de ar subcutâneo. “Comecei a apalpar e foi onde percebi uma lesão arredondada no lado esquerdo do pescoço. Encaminhei para radiografia e no exame foi possível ver a estrutura metálica similar a um projétil”, conta o veterinário.

Com o exame em mãos, a principal suspeita do veterinário era uma ruptura de traqueia. Um procedimento para drenagem do ar embaixo da pele foi realizado para que o local exato da perfuração pudesse ser localizado.

O veterinário conta que mesmo com a drenagem do ar, não foi possível localizar a perfuração e o cão teve que ser submetido a uma endoscopia. “Mesmo sabendo dos riscos de anestesiar o paciente, foi preciso submetê-lo ao exame, pois no quadro em que ele estava, não dava para ficar. Realizamos a drenagem do ar a cada 40 minutos, 1 hora e ele inchava novamente”, detalha.

Para realizar o procedimento, foi necessário a vinda de um médico veterinário de Joinville e um anestesista de Blumenau. “O exame foi realizado e mesmo assim não foi possível observar a ruptura. Como ele estava com a respiração muito comprometida, durante o exame o cão acabou não resistindo”, informou Laerte.

Necropsia

Após a morte do cão, foi feita a necropsia para retirar o projétil e foi possível perceber um extenso hematoma na região do pescoço do cão. Além disso, foi possível determinar que a bala entrou pelo lado esquerdo e se alojou no lado direito do pescoço dilacerando a traqueia.

Cão morreu após ser baleado em Gaspar, no Vale do Itajaí. - Divulgação/ND
Cão morreu após ser baleado em Gaspar, no Vale do Itajaí. – Divulgação/ND

A família registrou um boletim de ocorrência.

Fonte: ND Mais

Os comentários abaixo não expressam a opinião da ONG Olhar Animal e são de responsabilidade exclusiva dos respectivos autores.