Fogos: ano começa com muitos cachorros desaparecidos em Teresópolis, RJ

Fogos: ano começa com muitos cachorros desaparecidos em Teresópolis, RJ
Moradores de Albuquerque estão procurando uma cadelinha já idosa, de pelagem marrom, que necessita de cuidados especiais por estar se recuperando de um AVC. Contato: 21 97365-7889

Com as festividades de fim de ano, tradicionalmente há queima de fogos de artifício e muitos destes artefatos produzem explosões nocivas à saúde auditiva, além de representar um risco no manuseio e disparo destes fogos. Em 2019, foi aprovada em Sessão Ordinária do Legislativo de Teresópolis a Lei 3.750/2019, que proíbe os artefatos pirotécnicos que produzam efeito sonoro.

“A lei permite apenas a soltura de fogos de efeito visual e atende solicitações recorrentes de protetores de animais, pediatras, que relatam o incômodo para bebês, e médicos de idosos e demais pessoas com transtornos mentais ou problemas auditivos. Muitas pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista) apresentam hipersensibilidade sensorial aos estímulos do ambiente, consequentemente são severamente afetadas pelos estampidos dos fogos”, alertou o Diário na ocasião.

Também recentemente, antes das festas de Natal e Ano Novo, campanhas foram realizadas no sentido de se evitar essa prática. Porém, em toda a cidade o que mais se ouviu nas festividades foram os barulhentos fogos. E, também como previsto no texto para a criação dessa legislação, o contínuo e alto som dos fogos acabou causando, entre outros problemas, a fuga de diversos cães no município.

Alguns dos muitos casos registrados desde a noite de Natal foram divulgados pela imprensa local, inclusive pelo Diário. São apelos de tutores e familiares para tentar localizar seus animais de estimação – muitas vezes considerados membros importantes das famílias. Um desses exemplos é o de uma cadelinha da raça Maltês, que atende pelo nome de Sol e pode estar entre os bairros Panorama, Corta Vento e Agriões. Informações sobre o seu paradeiro podem passar passadas para os telefones 21 96814-7098 (Patrick) ou 97677-9810 (Peterson).

Desde o dia 30 de dezembro, os tutores de uma cadelinha de três patas, moradores do Imbiú, buscam informações sobre o seu paradeiro. Ela atende pelo nome de Diana. Dicas sobre o seu destino podem ser passadas para o telefone (21) 99850-5599. Nesta segunda-feira, O Diário recebeu pedido de ajuda para localizar uma cadelinha branca, com manchas marrons e pretas, desaparecida do bairro de Pimenteiras. De porte pequeno, ela usava uma coleira rosa com identificação e o telefone 21 99421-0941.

Moradores do bairro de Albuquerque estão procurando uma cadelinha já idosa, de pelagem marrom, que necessita de cuidados especiais por estar se recuperando de um AVC. Ela fugiu da Estrada Holanda, próximo à igreja católica. O contato para informações é o 21 97365-7889. Desde a véspera de Natal, uma cadela da raça Pastor Alemão está desaparecida do bairro Cascata do Imbuí. Ela atende pelo nome de Elen, tem placa de identificação e é microchipada. Os contatos para informações são 99858-5449 e 99618-1631.

Nas imagens, veja mais detalhes sobre alguns animais desaparecidos e como ajudar na sua localização. Nesta terça-feira, recebemos através do nosso Whatsapp (2742-9977), imagens de uma cadelinha caramelo que foi localizada na Feirinha do Alto, aparentemente assustada e que também teria fugido devido ao estampido dos fogos. Ela está sendo cuidada por uma família, que atende pelo telefone 21 99345-1866 (Agata).

COPBEA

Na edição de fim de semana do Diário, o responsável pela Coordenadoria de Proteção e Bem-estar Animal de Teresópolis, Jackson Muci, falou sobre essa situação. “É uma situação muito complexa, muitos animais sofrem terrivelmente com essa situação. É aconselhável levar os pets para algum canto da casa e colocar um som ambiente, esse tipo de coisa pode amenizar um pouco o problema.

Há muitos casos de animais que se desesperam e fogem, tivemos casos, inclusive, neste Natal de 2023, mesmo com os tutores tomando cuidado, os pets entram em pânico e até se mutilam na tentativa de fugir. O que a gente pede é mais empatia da população, para que coloquem no lugar do outro e não cometam esse tipo de crime. Sobretudo, a gente precisa dessa força em conjunto, o pode público e sociedade, trabalhando juntos tanto na fiscalização quanto na conscientização”, alertou.

Por Marcello Medeiros

Fonte: Diário

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