Governo da China afirma que caça e venda de animais selvagens serão punidas

Governo da China afirma que caça e venda de animais selvagens serão punidas
Os pangolins são um dos mamíferos mais traficados do mundo — Foto: Keith Connelly/Acervo Pessoal

O governo da China afirmou nesta sexta-feira (22) que pretende punir severamente a caça e venda de animais selvagens.

O país tenta acabar com essas práticas desde janeiro, com uma proibição por causa do surto de coronavírus.

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Acredita-se que a origem da pandemia foi um mercado de comida do mar em Wuhan, onde animais selvagens como morcegos e pangolins eram vendidos. A China prometeu novas leis para tornar a proibição imposta em janeiro se tornar permanente.

O morcego de cara pálida se alimenta de frutas e insetos — Foto: Trond Larsen
O morcego de cara pálida se alimenta de frutas e insetos — Foto: Trond Larsen

Wuhan, Xangai e outras grandes cidades já proibiram consumo de carne de animal selvagem, e outras províncias têm planos para fazer o mesmo.

Testes em Wuhan

A cidade de Wuhan examinou mais de 3 milhões de moradores para detectar o patógeno desde abril, e agora concentrará estes esforços no restante da população de 11 milhões de habitantes, de acordo com a mídia estatal.

A finalização dos exames de todos os moradores da cidade deve dar às autoridades um sinal claro do número de casos assintomáticos agora que as escolas e negócios estão reabrindo, disse a agência oficial de notícias Xinhua na noite de quinta-feira (21).

A prioridade serão os moradores que ainda não foram examinados, pessoas que moram em conjuntos residenciais que tiveram casos de infecção e Estados antigos ou densamente povoados, disse a Xinhua citando uma reunião do governo de Wuhan.

O temor de uma segunda onda da doença veio à tona no final de semana depois que Wuhan relatou um foco de infecções, o primeiro desde que o isolamento da cidade foi revogado em 8 de abril. As infecções mais recentes vieram de casos assintomáticos – pessoas que têm o vírus mas não exibem sintomas, como febre.

Citando um documento interno encaminhado a autoridades distritais, a Reuters noticiou no dia 11 de maio que a metrópole planeja realizar uma campanha de exames de ácido nucleico ao longo de 10 dias, o que significaria milhões de exames sendo realizados em um período de tempo curto.

Wuhan realizou um total de 1,79 milhão de exames entre 1º de abril e 13 de maio, de acordo com cálculos da Reuters baseados em relatórios diários publicados pela comissão de saúde da cidade.

Se a reportagem da Xinhua, segundo a qual 3 milhões de exames foram realizados desde abril, também usa cifras da comissão de saúde, isso levaria a crer que até 1,2 milhão de exames foram realizados só no dia 14 de abril

Fonte: G1

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