Instituto veterinário doa insumos e animais ficam sem cirurgia de emergência no RJ
Após vistoria da Comissão de Saúde Animal da Câmara Rio no Instituto Jorge Vaitsman (IJV), popularmente conhecido como Hospital Veterinário da Mangueira, na terça-feira (20), foi constatado que desde abril deste ano animais que precisam de cirurgias de emergência têm sido abandonados à própria sorte pela prefeitura do Rio de Janeiro. A unidade municipal fez doações de anestésicos para tratamentos de Covid-19 em hospitais, com isso, cirurgias em cães e gatos estão paralisadas.
“Mesmo com os casos e internações de Covid em queda na cidade, as cirurgias veterinárias seguem paralisadas desde abril, por falta de insumos. Hoje um animal que é atropelado nas ruas e chega precisando de uma cirurgia de emergência acaba morrendo”, disse o presidente da Comissão de Saúde Animal da Câmara RJ, o vereador Dr. Marcos Paulo, que recebeu da direção do IJV a informação de que a compra emergencial de novos insumos já foi autorizada, mas ainda não há prazo para chegada de novos anestésicos e medicamentos.
Dr. Marcos Paulo chamou a atenção para o fato de o IJV não ser um hospital. O vereador tem sido incisivo na cobrança de mais investimentos da prefeitura em políticas públicas de assistência veterinária no RJ. “O número de animais nas ruas e residências só aumenta na cidade e até hoje o Rio de Janeiro não possui um hospital público veterinário. O IJV é um instituto de zoonoses, não é hospital, faz poucas cirurgias, e mesmo assim cobra preços populares da população. Hoje, com a falta de insumos, os animais estão abandonados à própria sorte na cidade. Precisamos, com urgência, de um hospital veterinário público totalmente gratuito e com capacidade para atender a emergências”, reforçou Marcos Paulo, lembrando que a capital paulista possui 4 hospitais públicos veterinários e o Rio de Janeiro segue sem nenhum.
Procura para comentar a situação de cães e gatos que aguardam uma cirurgia de emergência no IJV, a Subsecretaria de Vigilância, Fiscalização Sanitária e Controle de Zoonoses ainda não respondeu.
Fonte: O DIA