Maltratados e abandonados, estes galgos recebem abrigo, tratamento e uma nova família

Maltratados e abandonados, estes galgos recebem abrigo, tratamento e uma nova família
Maltratados e abandonados, estes galgos recebem abrigo, tratamento e uma nova família

Fundação Benjamin Mehnert, um abrigo em Utrera, em Espanha, pode receber até 600 animais de caça. A maioria são galgos que foram, muitas vezes, maltratados e abandonados depois da temporada de caça.

Este é um dos abrigos espanhóis que recebe cães de caça: pode “ser casa” para 600. Por norma, são galgos que aqui chegam, abandonados e maltratados depois da temporada de caça. A Fundação Benjamin Mehnert, um abrigo de animais na cidade espanhola de Utrera, recebe, trata e procura um futuro melhor para os animais. A maioria dos galgos é adotado por famílias da Europa Central e América do Norte.

“Recebemos muitas chamadas telefónicas diárias, por isso, tratamos da entrada e saída dos cães”, explica a responsável pela Fundação, Rocio Arrabal.

Alguns chegam com doenças debilitantes e ferimentos graves, que exigem a amputação de membros. A Fundação Benjamin Mehnert trata dos animais e encontra uma família para adoção.

“Os veterinários farão tudo o que puderem para salvá-los, independentemente de os cães sobreviverem ou não. (…) Muitos dos cães tiveram uma vida terrível”, conta Mary O’ Connor, voluntária no abrigo espanhol.

Em Espanha, os galgos são tradicionalmente usados para caçar pequenos animais, como coelhos. Até agora, ainda não há a cultura de ter estes cães como animais domésticos, o que significa que, depois da temporada de caça, muitos são abandonados.

Só em 2021, foram abandonados em Espanha 167 mil cães, muitos depois da temporada da caça. Os números são da Fundação Affinity, uma organização não governamental.

Depois de recebidos e tratados no abrigo, são adotados: 90% das adoções são para fora de Espanha, sobretudo para França, Alemanha, Itália, EUA e Canadá, contou a líder da fundação Rocio Arrabal, à agência Reuters.

Por Rita Rogado e Ana Isabel Pinto

Fonte: SIC Notícias / mantida a grafia lusitana original

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