México: marcha em Xalapa exige punições mais severas por abuso de animais

México: marcha em Xalapa exige punições mais severas por abuso de animais
Protetores e ativistas fizeram um protesto para mostrar casos de agressão; depois fizeram uma marcha saindo do Teatro do Estado até a Praça Lerdo. Foto: Jesús Escamiroza / Diario de Xalapa

Para exigir o fim dos maus-tratos aos animais, neste sábado, protetores e ativistas pelos animais fizeram um protesto para mostrar casos de agressão; depois marcharam do Teatro Estatal em direção à Plaza Lerdo, pedindo sanções mais severas para aqueles que os feriram.

Disseram que é necessário que sejam aplicadas penas mais duras e que haja celeridade nas investigações da Procuradoria Especial de Crimes Ambientais e Maus-tratos a Animais (Fedayca), pois há casos que são denunciados há sete anos e não há avanços.

Protetores e ativistas fizeram um protesto para mostrar casos de agressão; depois fizeram uma marcha saindo do Teatro do Estado até a Praça Lerdo. Foto: Jesús Escamiroza / Diario de Xalapa
Protetores e ativistas fizeram um protesto para mostrar casos de agressão; depois fizeram uma marcha saindo do Teatro do Estado até a Praça Lerdo. Foto: Jesús Escamiroza / Diario de Xalapa

“Luzes sim, pirotecnia não”, “Espetáculo cruel, não vá assistir”, “Animal aguenta, o povo se levanta”, “Animal escuta, o povo está na luta”, “Direitos dos animais”, gritaram.

A ativista Azul Fernández, do Abrigo Ada Azul, disse que as denúncias apresentadas à Promotoria Especial de Crimes Ambientais e Maus-tratos a Animais (Fedayca) não prosperam, embora já existam casos há sete anos.

Uma delas, narrou, é sobre o cachorro pitbull André que foi queimado com óleo e com isso ficou cego, a denúncia foi feita há sete anos e ainda aguardam a punição do responsável.

“Tenho duas denúncias feitas na Fedayca e elas têm sete anos, uma é de um cachorro pitbull André que queimaram com óleo, infelizmente ele ficou cego, graças a Deus teve alguém que o adotou e até hoje a denúncia não avançou. “

Soma-se a isso o de um gato chamado Tomás, cujo crânio foi quebrado com um taco há uma semana e, apesar disso, o agressor também não foi preso em Xalapa.

Por sua vez, a ativista Goretti Ruiz destacou que o maior problema é que as pessoas sabem quem são, mas não denunciam porque têm medo de represálias.

Protetores e ativistas fizeram um protesto para mostrar casos de agressão; depois fizeram uma marcha saindo do Teatro do Estado até a Praça Lerdo. Foto: Jesús Escamiroza / Diario de Xalapa
Protetores e ativistas fizeram um protesto para mostrar casos de agressão; depois fizeram uma marcha saindo do Teatro do Estado até a Praça Lerdo. Foto: Jesús Escamiroza / Diario de Xalapa

“Enquanto existir esse medo, o abuso de animais não terminará. Enquanto as leis existirem e não forem aplicadas, o abuso de animais não acabará. Queremos prisões justas e sanções econômicas para que haja menos abuso de animais.”

Insistiu que embora existam leis que protegem os animais, elas não estão sendo aplicadas, pelo que é necessário que haja sanções firmes.

E acrescentou que no Ministério Público não há peritos suficientes para tratar dos casos e quando a denúncia é finalmente apresentada o trabalho não é levado a sério.

“Você vai ao Ministério Público e não tem peritos, porque ‘saíram para comer’, não tem ninguém para atender o caso porque ‘é um simples animal’, perdem-se as provas. Animais que são estuprados, animais que ficam amarrados em um telhado e todo mundo vê e só manda o dono cuidar. O que eu quero é que eles resgatem o animal, não que eles vão e digam, ei, por favor, cuide do seu animal e o animal fica pior, eles maltratam, batem ou desaparecem”.

Diante disso, exigiram que as autoridades aplicassem penas severas a quem cometesse abusos, e que estas incluíssem prisão, mas também sanções financeiras.

“Quando denunciamos um caso de maus-tratos a animais não vai longe, fica lá porque as leis não são seguidas (…) que as leis sejam aplicadas, sanções justas, de prisão, econômicas para que haja menos maus-tratos aos animais”, disse.

Por Ariadna García/ Tradução de Alice Wehrle Gomide

Fonte: Diario de Xalapa

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