Oito a cada dez animais marinhos resgatados em SC chegaram mortos às praias
O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos, capitaneado pela Univali, resgatou no primeiro semestre 1.520 animais marinhos nas praias de Santa Catarina. Do total, 80% estavam mortos. Mais uma vez, a tartaruga-verde lidera as estatísticas. A espécie teve 617 animais resgatados, 586 em óbito.
Frequentadoras da costa catarinense, as tartarugas-verdes são vítimas comuns da pesca. Principalmente a captura ilegal, com redes fixadas nas proximidades dos costões, onde elas costumam se alimentar.
Os números do primeiro semestre são semelhantes aos do mesmo período em 2018 e 2017. Mas chama atenção a redução na quantidade de resgates de pinguins este ano. Enquanto no ano passado houve mais de 6,8 mil pinguins resgatados no Estado, este ano, até agora, são 338.
O pesquisador André Barreto, professor da Univali e coordenador do projeto, diz que se observa uma grande oscilação em relação aos pinguins. A cada cinco anos, em média, eles costumam aparecer em grande quantidade em SC. A continuidade do levantamento, que passa diariamente pelas praias do Estado, deverá ajudar a compreender o fenômeno.
Recordistas
A lista dos animais recolhidos nas praias de SC, que é liderada pelas tartarugas-verdes, tem as gaivotas em 2º lugar, com 258 resgate e 90 mortes. Logo depois vem outra espécie de tartaruga, a cabeçuda. Das 80 encontradas, 79 estavam em óbito.
Renovado
O Projeto de Monitoramento de Praias, que acaba de chegar ao 4º ano, é financiado pela Petrobras e tem como objetivo monitorar se há interferência da exploração de petróleo e gás na chegada de animais à costa. A Petrobras renovou recentemente contrato com a Univali para coordenar o projeto no Litoral do Paraná e Santa Catarina.
Por Dagmara Spautz
Fonte: NSC Total