VÍDEO: Motorista adota cachorra abandonada em trevo de Matão (SP) e se emociona: ‘não tem explicação’

VÍDEO: Motorista adota cachorra abandonada em trevo de Matão (SP) e se emociona: ‘não tem explicação’
Motorista adota cachorra abandonada em trevo de Matão e se emociona: ‘não tem explicação' — Foto: Osmar Aparecido Fabre/Arquivo pessoal

Um motorista registrou o momento de emoção ao resgatar uma cachorra abandonada em um trevo na Rodovia Brigadeiro Faria Lima (SP-326), em Matão (SP). “Eu acho que não tem explicação, ela só precisa de carinho e nada mais”, disse Osmar Aparecido Fabre (veja o vídeo abaixo).

O caso aconteceu antes das 7h da segunda-feira (29), próximo ao bairro Jardim Paraíso, mas o vídeo foi postado por um amigo do motorista na quarta (31) e ganhou repercussão. Até a publicação dessa reportagem ele tinha mais de 900 mil visualizações, mais de 18 mil curtidas e 29 mil compartilhamentos.

Encontro

VÍDEO: Cachorra é abandonada às margens de trevo da Rodovia Brigadeiro Faria Lima em Matão

Ao G1, Fabre contou que faz o mesmo caminho todos os dias para ir ao trabalho e ficou surpreso quando viu uma casinha de cachorro tão próximo da rodovia na manhã de um dia frio.

No local, não havia sinal de quem pudesse ter abandonado a cachorra. “Era recente, não tinha orvalho na casinha. Então deixaram e eu passei bem na hora.”

O motorista seguiu para o trabalho, mas comentou a sua indignação com o encarregado do setor da empresa da qual é funcionário, que também se solidarizou com a situação e emprestou um veículo para que o animal fosse resgatado.

“Quando eu cheguei ela estava na grama do lado, me viu e entrou na casinha. Ela tremia bastante e em nenhum momento deixou a casinha”, contou.

Caçula da casa

VÍDEO: Motorista adota cachorra abandonada em trevo de Matão

A cachorra ganhou o nome de Nina. De acordo com Fabre, ela tem aproximadamente um ano de idade e tem características de blue heeler, uma raça australiana que se destaca pela obediência e no auxílio aos cuidados com bois em sítios.

Ele acabou adotando o animal que se tornou a caçula da família e passou a fazer companhia para a cachorra Neguinha, de 11 anos, que até então era o único animal de estimação do sítio onde Fabre é caseiro. O carinho entre os três também foi registrado em vídeo (veja acima).

“No começo elas não se deram muito bem, deu uma briguinha, mas logo elas se acostumam. Os animais entendem a necessidade do outro mais que a gente”, afirmou.

Ele contou que a timidez apresentada pela cachorra quando estava na rodovia já se dissipou, e ela se alimenta bem, está alegre e brinca o tempo todo.

“Eu nunca fiz esse tipo de boa ação, mas eu vi aquilo e achei demais, muita crueldade. Agora eu sinto alívio, fé e vontade de fazer mais ainda por ela”, contou emocionado.

Crime

Pela lei nº 9.605/98, praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos pode resultar em prisão de 3 meses a um ano e multa. A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.

Em dezembro do ano passado, o Senado aprovou um projeto que aumenta para até quatro anos a pena para quem maltratar animais. A pena pode aumentar em até um terço (mais de um ano) se o animal morrer. O texto seguiu para análise da Câmara dos Deputados.

Por Gabrielle Chagas, G1 São Carlos e Araraquara

Fonte: G1

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