Projeto de Belo Horizonte (MG) promove o apadrinhamento de cães resgatados durante o Natal

Joyce Mendes, de 32 anos, é moradora de Belo Horizonte e a idealizadora do projeto Amor a Quatro Patas, que desde 2019 resgata cães abandonados, trata, e encaminha os animais para lares de adoção. Neste ano, aproveitando o clima natalino, o projeto criou a campanha “Apadrinhe um Cão Para o Natal”, em que qualquer pessoa pode apadrinhar uma cartinha de Natal de um cãozinho com um pedido.
De acordo com Joyce, a campanha foi inspirada no projeto Papai Noel dos Correios e procura atender às necessidades variadas dos cães. “Pedimos coisas necessárias, como medicamentos, colheitas antiparasitária, vacinas, exames, banho e tosa, entre outros”.
Este é o primeiro ano da campanha. Quem desejar apadrinhar um dos animais pode ir até os destaques do Instagram até o dia 23/12, escolher uma cartinha e entrar em contato pelo direct. Outra forma de contribuir com a campanha é por meio de doações que podem ser feitas para o PIX (31) 991592487.
Amor a Quatro Patas
O projeto coordenado por Joyce Mendes começou quando ela criou uma página nas redes sociais para arrecadar doações para pessoas que trabalham com resgate de animais, somente com intuito de ajudar e alavancar a divulgação desses locais de apoio.
Tudo mudou quando Belinha, uma cachorrinha que tem leishmaniose, apareceu no portão da casa dela. “ Eu a resgatei e usei a página para pedir ajuda para cuidar dela. O projeto cresceu e hoje tenho 32 resgatados, fora os outros cachorros de lares parceiros”. Atualmente, ainda precisam ser doados cerca de 17 animais que ficam em lares parceiros, pois o Amor a Quatro Patas não tem espaço físico ainda.

O projeto existe há quase três anos, mas ainda enfrenta um grande desafio: o preconceito na hora de adotar.
Segundo Joyce, as pessoas buscam resgatar filhotes e cachorros que são esteticamente bonitos e saudáveis, livres de doenças ou outros problemas.
“É um ciclo que tem que se encerrar. A gente resgata, cuida, castra e coloca para adoção. Os filhotes são doados muito rápido, já os maiores ficam. O mais difícil é esse preconceito, não conseguimos famílias disponíveis para adotar um vira-lata ou um cão doente”, lamenta.
Por Cler Santos, sob supervisão de Jociane Morais
Fonte: Estado de Minas Gerais