Protetores pedem para cuidar de cachorro doente, mas tutor optou pelo abate

Protetores pedem para cuidar de cachorro doente, mas tutor optou pelo abate

Protetores de animais denunciaram um cachorro desnutrido que estava no quintal de um imóvel comercial para alugar. O CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) foi acionado para fazer o resgate do animal, que segundo os protetores vai para “eutanásia”.

Um dos protetores que estava em frente à residência que fica na Vila Margarida, em Campo Grande (MS), relatou que pediu para o tutor do cachorro, para cuidar do animal, mas teve o pedido negado pelo tutor do cão.

“Já sentenciou o animal”, lamenta o protetor, que tenta convencer o tutor a entregar o cachorro para que possa receber o tratamento necessário, pois segundo o tutor, ele tem leishmaniose.

Um vídeo enviado ao Jornal Midiamax, mostra o animal no quintal do estabelecimento. Nas imagens é possível ver que o cachorro está desnutrido.

Outra cuidadora relatou que o cachorro não é objeto e que se o tutor quer que cuide o local, que coloque uma câmera de segurança. Ela que cuida de 23 cães e 40 gatos, disse que não teria como cuidar do animal.

“Se todo mundo fizesse sua parte, eu não teria tantos cães e gatos”, relata indignada com a situação.

Conforme o delegado Maércio Alves Barbosa, da Decat (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista), tudo vai ser resolvido como tem que ser resolvido, afirma. “O cachorro é velho, já está nas últimas, o CCZ já foi acionado e está indo resgatar o animal”, disse.

Por Marcos Tenório

Fonte: Jornal Midiamax


Nota do Olhar Animal: O que ocorreu não foi uma “eutanásia” e sim o EXTERMÍNIO de um cão, ação promovida comumente pelas prefeituras, tecnicamente equivocada e eticamente indefensável, e que é bem diferente da eutanásia. A eutanásia é um ato de caráter misericordioso e que deve atender aos interesses de quem o sofre, e não aos interesses de quem o pratica. Só pode ser chamado de “eutanásia” o ato de abreviar a vida de um animal com doença incurável e em estado irreversível de sofrimento. Os órgãos públicos de saúde disseminaram o entendimento errado do termo “eutanásia” a fim de tentar minimizar a IMORALIDADE de suas ações de extermínio. Infelizmente, até mesmo protetores usam erradamente esta terminologia.

Os comentários abaixo não expressam a opinião da ONG Olhar Animal e são de responsabilidade exclusiva dos respectivos autores.