VÍDEO: operação contra tráfico de animais silvestres com delivery no Paraná apreende quase 400 bichos

VÍDEO: operação contra tráfico de animais silvestres com delivery no Paraná apreende quase 400 bichos
Polícia Civil realiza operação contra tráfico de animais silvestres no Paraná — Foto: PCPR

A Polícia Civil (PC-PR) deflagrou na manhã desta segunda-feira (26) uma operação contra um grupo criminoso ligado ao tráfico de animais silvestres no Brasil. Nove pessoas foram presas e 390 animais foram apreendidos, entre répteis, aves e mamíferos. Leia mais abaixo.

De acordo com a policia, a ação foi simultânea nas cidades de Curitiba, Araucária, Almirante Tamandaré, São José dos Pinhais, Matinhos, Colombo, Campina Grande do Sul, no Paraná e em Joinville, em Santa Catarina.

VÍDEO: Polícia Civil realiza operação contra tráfico de animais silvestres no Paraná

Ao todo, foram expedidas 24 ordens judiciais, sendo 11 mandados de prisão temporária e 13 de busca e apreensão. Dois dos alvos de mandados de prisão conseguiram fugir.

A médica veterinária Danielly Cristina Savi, do Grupo Força Animal, explica que todos os animais estavam em situações graves de maus tratos: com alimentação restrita ou até mesmo sem e em locais apertados para as espécies.

Os animais traficados e que seriam vendidos ilegalmente, conforme as investigações, vieram da Amazônia, do Centro-Oeste e do Nordeste.

Como funcionava o esquema

Conforme a polícia, as investigações começaram em junho de 2023 e os suspeitos realizavam as negociações pelas redes sociais e em grupos de mensagens. A quadrilha tinha representantes em todos os estados.

Os animais eram entregues por caminhões, pelo correio, aplicativos de entrega de mercadorias, e até mesmo por carros de aplicativos.

A RPC teve acesso a áudios de trechos das negociações entre os suspeitos. Em um deles, o anunciante promove uma cobra de coloração rara e que, segundo ele, custaria cerca de R$ 25 mil no mercado legal. Veja outro trecho abaixo:

Trecho de negociação entre os suspeitos — Foto: RPC
Trecho de negociação entre os suspeitos — Foto: RPC

Segundo a polícia, os animais eram imobilizados e colocados em caixas e tubos de PVA para não fazerem barulho e chamarem a atenção dos entregadores. 90% dos bichos acabavam morrendo, de acordo com a corporação.

Além disso, os suspeitos administravam 27 grupos de mensagens exclusivos para o tráfico de animais silvestres e exóticos. Eles também participavam de grupos com mais de 20 mil membros do Brasil, do Paraguai e da Venezuela.

Nas negociações, o grupo dizia que conseguia qualquer espécie da fauna brasileira e comercializava os animais no atacado e no varejo.

Fonte: g1

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