Ativistas ocupam matadouro e se acorrentam a máquinas dizendo que só sairão se ovelhas forem entregues a um santuário
Um grupo de ativistas assumiu o comando de uma fábrica de transformação de carne em Kent, exigindo que os animais fossem libertados para um santuário.
Nas primeiras horas do último dia 27, o grupo SMASH Speciesism entrou no edifício da Forge Farm Meats em Tunbridge Wells e se acorrentou ao maquinário.
O grupo alegou que só sairia se os animais, que incluem ovelhas, fossem entregues a um santuário “para viverem o resto de suas vidas em paz”.
Os membros do grupo acessaram o andar de matança e os silos de resíduos. Segundo eles, isso foi para garantir que sua expulsão exigisse a participação de agentes especializados.
A polícia de Kent prendeu cinco mulheres por suspeita de invasão agravada em uma empresa.
Em um vídeo, membros do grupo são vistos escalando a cerca e soltando bombas de fumaça cor-de-rosa do topo do prédio.
Eles afirmaram, no entanto, que estavam levando a atitude a sério e que entendiam os “riscos legais” de ocupar a fábrica.
Em um comunicado ao site Mail Online, a polícia de Kent disse: “Cinco mulheres foram presas por suspeita de invasão agravada e um homem por suspeita de ajuda e incitação à transgressão agravada em uma empresa em Tunbridge Wells”.
A polícia de Kent recebeu uma ligação às 3h35 da terça-feira, 27 de agosto de 2019, relatando um protesto nas instalações em Powder Mill Lane, e policiais foram até o local para falar com os envolvidos.
“As mulheres e o homem permanecem sob custódia policial enquanto as investigações continuam no local.”
O grupo também pede o fim de todos os matadouros e disse que “a exploração contínua de seres sencientes, tratados como propriedade, não só é imoral, como também injusta”.
Em um comunicado, o grupo acrescenta que, se tivessem que “forçar a justiça”, agindo contra a lei, o fariam “sem remorso”.
No entanto, não é a primeira vez que a Forge Farm Meats atrai a atenção depois de ser revelado que os funcionários do matadouro não atordoavam os animais adequadamente.
Brian Luck, funcionário da fábrica, foi acusado de nove delitos relacionadas ao bem-estar dos animais, e George Mason foi acusado de oito.
A audiência será no Tribunal de Magistrados de Maidstone, em 8 de novembro, e o julgamento está marcado para janeiro de 2020.
Os ativistas anônimos não são o primeiro grupo a entrar na fábrica. Eles também acrescentaram que estão na fazenda com a única intenção de “salvar animais”.
“Entrar no local não foi difícil, pois as portas estavam destrancadas e entreabertas.” Alguns ativistas usaram tubos com várias camadas de materiais diferentes e estão acorrentados uns aos outros.
“Estamos explicando a metodologia para deixar uma coisa muito clara: a situação é perigosa e pode resultar em lesões se não houver profissionais corretos no local.”
“Vamos permanecer dentro do matadouro o máximo que pudermos e não estamos dispostos a desistir de nossa oposição até que a Forge Farm Meats feche para sempre.”
“Estaríamos dispostos a abandonar o bloqueio se todos os animais agendados para serem mortos hoje forem transportados para um santuário animal de nossa escolha e se a segurança e a liberdade dos ativistas forem prometidas, sem encargos e sem detalhes pessoais.”
O grupo acrescentou que esta seria a primeira de muitas ações que seus integrantes estariam dispostos a fazer para combater o especismo.
Em 2018, três ativistas foram multados por obstruir trabalhadores no abatedouro em Kent.
Eles faziam parte de um grupo de oito pessoas que tiveram acesso à fábrica para filmar seu interior.
Por Terri-Ann Williams / Tradução de Alda Lima
Fonte: Daily Mail