Égua dá à luz em praça de Santos, SP, morador relata desespero por não conseguir ajuda para os animais
Uma égua deu à luz em uma praça na zona noroeste, em Santos, no litoral de São Paulo, na noite da última quarta-feira (31). Segundo o morador, que acompanhou o parto, ninguém assumiu a responsabilidade de ajudou o animal, apesar ter ligado diversas vezes durante a madrugada para Corpo de Bombeiros, Guarda Municipal e Polícia Militar Ambiental.
O estivador Antônio Melo contou ao g1 que retornava para casa, por volta de 23h, após se encontrar com um amigo. O morador da zona noroeste contou ter visto a situação enquanto passava pela Praça da Paz Universal. A reação, segundo ele, foi de “espanto e apreensão”.
O estivador disse ter acionado o Corpo de Bombeiros, que o orientou a ligar para a Guarda Civil Municipal. A GCM disse que não poderia fazer nada e Antonio deveria pedir ajuda à Polícia Militar Ambiental.
“O policial ambiental disse que só poderia ir se tivesse um crime. Contestei dizendo que era crime de abandono”. Ainda durante o contato, Antonio disse ter escutado do policial que não via qualquer violação na situação.
Antonio disse ter insistido pela ajuda pois era tarde, estava frio e a égua e o filhote ficariam abandonados. Segundo dados Defesa Civil de Santos, na madrugada de quinta-feira (1º) a temperatura registrada foi de 14,5°C.
Em desespero, o homem chegou a ligar para a clínica veterinária que atende a gata dele. “Eles não tinham suporte para ir lá resgatar, infelizmente”.
Por último, o estivador pediu à Polícia Militar para tentar ajuda por meio da Cavalaria, porém foi informado, novamente, de que não seria possível resgatar os animais.
Na manhã de quinta, ao retornar para a praça, os animais já não estavam mais no local. “Espero que o dono tenha pegado eles de volta”, ressaltou.
Em nota, a Secretaria de Meio Ambiente disse não ter sido informada sobre o caso. Porém, afirmou que, em situações que envolvem cavalos soltos, os moradores podem solicitar ajuda pelo telefone da pasta: 3226-8080.
O g1 tentou contato com a Polícia Militar Ambiental da regional de Santos, mas, até o momento da publicação desta reportagem não obteve retorno.
Fonte: g1