GO: resgatado sem olho, pit bull tem desidratação e anemia severas

GO: resgatado sem olho, pit bull tem desidratação e anemia severas
Pit bull recebe atendimento hospitalar veterinário em Goiás, após ser resgatado. Reprodução/PCGO

Resgatado há quatro dias sem um dos olhos em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal (DF), um pit bull de 4 anos também está com “perda de tecido e músculo ósseo extrema, desidratação severa, anemia grave e apetite depravado”. A informação consta de laudo de hospital veterinário juntado à investigação da Polícia Civil de Goiás.

A polícia investiga se outros cães sofreram maus-tratos praticados pelo comerciante e dono de canil Aleandro Sousa Lanucio da Silva, de 39 anos, que foi preso em flagrante, na sexta-feira (20/8), por manter o pit bull acorrentado, em lote baldio de sua propriedade, ao lado da casa dele. O suspeito negou maltratar o animal.

Em seu despacho, o delegado Frederico Gama dos Santos citou laudo de hospital veterinário ao qual o pit bull chegou em “estado emergencial”, segundo o relatório médico. O cão estava preso em uma corrente, que corria em um cabo de aço instalado em parte do lote.

O documento aponta que, no animal, “foram visualizadas lesões superiores a três semanas no olho esquerdo e não foi visualizada a presença do globo ocular do animal, que sequer possuía curativo”.

O dono de canil foi preso após denúncia repassada pela Comissão Nacional dos Direitos dos Animais da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF).

Zeus

O suspeito, segundo interrogatório na delegacia, disse que o cachorro se chama Zeus e que ganhou animal há dois anos de seu cunhado. Ele disse que o cachorro apresentou doença grave nos olhos, motivo pelo qual o teria colocado no lote baldio, que fica ao lado da residência dele.

O comerciante afirmou, ainda, que o pit bull estava sendo medicado depois de ele receber orientações de veterinários. Por esse motivo, de acordo com informações repassadas pela polícia, o cão perdeu peso em poucas semanas e ficou sem se alimentar.

A situação do pit bull, de acordo com a polícia, foi classificada como “grave compatível com maus-tratos”, segundo resolução do Conselho Federal de Medicina Veterinária.

Diante da gravidade do caso, o delegado não aceitou pagamento de fiança e manteve a prisão do dono do canil.

O Metrópoles não localizou o contato da defesa do suspeito.

Por Cleomar Almeida

Fonte: Metrópoles

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