Indonésia liberta 33 tartarugas-marinhas após resgate de caçadores
Autoridades da ilha tropical indonésia de Bali soltaram 33 tartarugas-marinhas-verdes ameaçadas de extinção no oceano no sábado 8 de janeiro em um esforço para aumentar uma população ameaçada por caçadores e comerciantes ilegais.
As tartarugas, da espécie Chelonia mydas, protegida na Indonésia, foram soltas na praia de Kuta após serem resgatadas durante uma operação da Marinha contra caçadores furtivos em dezembro.
Turistas se reuniram para assistir e filmar a soltura em seus telefones celulares, e aplaudiram as tartarugas enquanto caminhavam pela praia.
“É uma ótima ideia para o esforço de conservação”, disse o turista australiano Briant Firth.
“Eles estavam pegando alguns caçadores e salvando as tartarugas.”
A Indonésia tornou-se um centro de tráfico internacional de tartarugas marinhas, e alimenta a demanda de países como Malásia, Vietnã e China. Qualquer pessoa condenada por envolvimento no comércio pode ser presa por até cinco anos sob a lei indonésia.
As tartarugas estavam em reabilitação na Agência de Conservação e Recursos Naturais de Bali, disseram autoridades.
“Elas são evidências em uma operação naval… estamos libertando-as porque não podemos manter esses animais selvagens como evidência por muito tempo”, disse o vice chefe do Estado-Maior Naval Ahmadi Heri Purwono a repórteres.
“Com a soltura, espero que elas continuem e se reproduzam”, disse ele, e acrescentou que isso pode ajudar a melhorar o ecossistema marinho ao redor da ilha de Bali.
A população de tartarugas verdes, uma das maiores tartarugas marinhas, tem diminuído significativamente nos últimos anos devido à caça, perda de locais de nidificação na praia e captura em equipamentos de pesca.
Elas também são vítimas da crescente crise mundial de plásticos nos oceanos. As criaturas são conhecidas por comerem sacolas plásticas, confundindo-as com águas-vivas, de acordo com o World Wildlife Fund, que disse que muitas tartarugas tinham plástico em seus estômagos.
Tradução de Alice Wehrle Gomide
Fonte: The Straits Times