Morre cadela atropelada e arrastada por motorista que não prestou socorro em Rio Branco, AM

Morre cadela atropelada e arrastada por motorista que não prestou socorro em Rio Branco, AM
Cadela foi atropelada e arrastada no último domingo (16). Nas redes sociais, responsável pelo projeto Amor Animal agradeceu a quem se sensibilizou com a situação do animal. — Foto: Reprodução/Amor Animal

A cadela atropelada e arrastada por um motorista no último domingo (16), em Rio Branco, morreu na manhã desta quinta-feira (20) após ter passado por um procedimento cirúrgico na quarta-feira (19).

VÍDEO: Cadela é atropelada e arrastada em rua de Rio Branco e homem foge sem prestar socorro

Panda, nome que recebeu após ser resgatada pelo projeto social Amor Animal, fraturou três patas ao ser atingida por um carro na rua Isaura Parente, bairro Bosque, em Rio Branco. O caso veio à tona após um vídeo que flagra o atropelamento ser publicado em uma página do projeto.

“Ontem [quarta-feira] às 14:30 ela entrou para a cirurgia. Foram pouco mais de 5h, e durante a madrugada começou a desestabilizar. E mesmo com todo o suporte durante a madrugada, ela veio a óbito hoje às 6h da manhã”, explica a responsável pelo projeto Amor Animal, Fernanda Evelyn.

A cadela passou por cirurgia em uma clínica particular da capital acreana, com custo de R$ 4 mil, de acordo com Fernanda. A ativista costuma realizar mobilizações online para arrecadar fundos e custear o resgate de animais abandonados ou encontrados em situação de maus tratos.

Denúncias contra motorista

Homem que atropelou cadela também foi denunciado por violência doméstica em Rio Branco: 'não reconheço mais', diz ex-mulher — Foto: Reprodução e arquivo pessoal
Homem que atropelou cadela também foi denunciado por violência doméstica em Rio Branco: ‘não reconheço mais’, diz ex-mulher — Foto: Reprodução e arquivo pessoal

O homem que aparece em um vídeo e atropelando uma cadela na rua Isaura Parente, em Rio Branco, foi identificado como Paulo Sérgio de Olivera, de 27 anos. Os dados dele foram repassados às ONGs de causa animais e também à Polícia Militar pela ex-mulher dele, Jarlene Eluana.

Além de responder por maus-tratos, ele também foi denunciado pela ex por violência doméstica. Segundo ela, na segunda-feira (17), ao dar um ponto final na relação, foi agredida a socos e mata-leão por Paulo. Ela conseguiu uma medida protetiva contra o ex.

Jarlene contou que Paulo é usuário de drogas e que nos últimos dois anos o relacionamento ficou insustentável. Na madrugada de segunda, ela conta que ele chegou alterado em casa falando que tinha atropelado um cachorro, mas achou que ele estava delirando.

“Ele tem problemas com drogas e, por isso, nunca dou o carro para ele. Só que ele não me deixa dormir, então acabo dizendo pra ele ir. Nesse dia, ele chegou dizendo que tinha atropelado um cachorro e que a vida dele estava amaldiçoada. Mas, não liguei, dei um banho e pedi pra ele dormir. Há muito tempo ele dorme na sala, não dormimos mais juntos”, contou.

Pela manhã, ao ver as manchas de sangue no carro, Jarlene foi questionar Paulo o que tinha acontecido. Ele falou do atropelamento, mas disse que havia prestado socorro à cachorra e falado com o dono dela – versão que contrasta com as imagens do vídeo.

“Eu disse que não aguentava mais e pedi que ele saísse de casa. Foi quando ele me bateu e ficou me enforcando. Isso tudo na segunda de manhã. Coloquei ele pra fora, fiz as mala dele, mas ele saiu com a roupa do corpo. Estávamos juntos já cinco anos, mas os dois últimos foram um inferno. Essa foi a quarta agressão, mas nunca fui na polícia porque ele sempre dizia que ia parar e eu tinha muito pena dele”, contou.

Paulo é de Campos do Jordão e não tem familiares em Rio Branco, segundo a ex-companheira. Jarlene conta também que foi um choque ver as imagens dele atropelando a cachorra, uma vez que ele luta pelas causas animais.

O g1 tentou entrar em contato com Paulo, mas foi informado que ele não tem telefone e também ainda não foi localizado.

Por Victor Lebre

Fonte: g1

Os comentários abaixo não expressam a opinião da ONG Olhar Animal e são de responsabilidade exclusiva dos respectivos autores.