Polícia investiga se cachorro morreu ao ingerir lote de petisco contaminado em Alagoas

Polícia investiga se cachorro morreu ao ingerir lote de petisco contaminado em Alagoas
Chocolate tinha um ano e nove meses e era o xodó da família | Foto: Cortesia ao TNH1

A tutora de um cão da raça Shih-tzu procurou a Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) para denunciar a morte do animal, depois de ingerir petiscos supostamente contaminados. A morte foi registrada no Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) do Pilar, na região metropolitana de Maceió, cidade onde a tutora morava com o pet.

O animal morreu no último dia 28, mas o caso só foi registrado no dia 02, quando a tutora tomou conhecimento de outras mortes no Brasil, possivelmente causadas por um componente químico presente em lotes específicos das marcas de petiscos que ela costumava comprar para o cachorrinho.

Chocolate, como era carinhosamente chamado o cão de um ano e nove meses, ingeriu petiscos de duas marcas que já estão sendo investigadas após a morte de nove cães, sendo sete em Minas Gerais (MG) e duas em São Paulo (SP).

“Ele começou a comer os petiscos na segunda-feira e na sexta-feira seguinte vomitou pela primeira vez. Depois do vômito, levei imediatamente ao veterinário para que fosse medicado, mas não houve melhora. Voltei outras vezes para que ele fizesse exames, quando foram verificadas alterações nos rins e no fígado, além de uma anemia”, lembra a tutora, Ana Carolina.

A correria para tentar identificar e tratar Chocolate durou 13 dias e custou mais de R$ 10 mil, de acordo com a tutora, que ainda não consegue lidar com o vazio e a angústia, resultados da morte repentina do pet.

“No sábado comecei uma medicação e domingo ele teve piora. Todos os exames de possíveis doenças davam negativo, reforçando a tese de intoxicação. Na segunda ele precisou de transfusão de sangue e na quarta-feira foi transferido para uma clínica com UTI, mas não resistiu e faleceu na manhã seguinte”, disse ela.

A embalagem do petisco de uma das marcas foi entregue à polícia, que a encaminhou para perícia no Instituto de Criminalística (IC). “Levei à polícia a embalagem de uma das marcas porque ainda tinha em casa. O da outra marca o chocolate já tinha comido todas, mas vou entrar em contato com a loja onde fiz a compra para pegar uma segunda via da nota fiscal”, acrescentou a tutora.

A morte de Chocolate está sendo investigada pelo delegado Ronilson Medeiros, titular do 23º Departamento de Polícia.

Mais mortes e recolhimento de produtos

Os relatos de mortes, supostamente causadas pela ingestão de petiscos, seguem aumentando em todo o Brasil e já somam cerca de 40% em todo o Brasil. No último dia 02, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) determinou o recolhimento dos lotes de produtos das empresas investigadas em todo o território nacional.

Por Eberth Lins

Fonte: TNH1

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