Resgatada magra e desnutrida, égua dá à luz potrinha no canil de Rio Claro, SP; elas serão doadas juntas
Funcionários do Departamento de Proteção Animal de Rio Claro (SP) tiveram uma surpresa depois que uma égua, resgatada magra e desnutrida, deu à luz uma potrinha no canil da cidade. Agora, o órgão busca um novo tutor para mãe e filhote.
Batizada de Vitória, a potrinha não completou um mês de vida e já está esbanjando energia. Ela recebeu o nome de Vitória, em homenagem à trajetória de vida da mãe, a Amarula.
Descoberta de gravidez
Os animais recolhidos nas ruas costumam chegar bem debilitados. A Amarula chegou há quatro meses e estava tão magra que nem levantou a suspeita sobre a gravidez.
A descoberta veio dias depois quando a barriga começou a ficar saliente e um exame de ultrassom confirmou a surpresa o oitavo mês de gestação.
“A gente teve medo dela não ter força para criar na situação que ela estava, tão magrinha. A gente e o veterinário ficávamos com ela, foi ganhando peso e esta a égua que está hoje”, afirmou o funcionário do canil Francisco Júnior Pereira Ricarte.
É a primeira vez que o canil abriga um filhote de grande porte.
“A gente que tem tanta tristeza com tantos maus-tratos, de repente vê uma potrinha nascer com saúde e segurança é uma alegria para toda a equipe”, afirmou a diretora do departamento, Giselle Pfeifer.
As duas estão sempre juntas e, para reforçar esse vínculo, foram até separadas dos outros animais.
“As outras éguas podem querer adotar a potrinha, ai uma começa a dar coice na outra e pode acertar a potrinha”, explicou Ricarte.
Desenvolvimento e doação
A diretora explica que os filhotes costumam passar meses apenas se amamentando, mas o desenvolvimento de Vitória vem surpreendendo.
“Ela brinca bastante, corre bastante. A princípio era para ela estar só mamando, mas ela já dá umas beliscadinhas na grama, na ração da mãe e ela não tem nem um mês” , afirmou.
No período de amamentação, a permanência delas é garantida no canil. Depois disso, devem seguir o destino da adoção.
“A ideia é não separar e de repente conseguir uma doação conjunta para as duas e a gente vai ter um cuidado para onde elas irão, para que nunca mais voltem nessa situação de maus-tratos”, afirmou Giselle.
Fonte: G1