Aprovada uma injeção que esteriliza gatas
No mundo há 600 milhões de gatos, 80% deles não tem tutor. Em muitos lugares, são um autêntico problema para a biodiversidade, matam aves e répteis. Também podem ser um risco para a saúde humana, já que podem transmitir enfermidades como a toxoplasmose. Os veterinários recomendam esterilizar os gatos, tanto para convivermos com eles como para evitar algumas patologias que surgem quando não se reproduzem.
Lei do bem estar animal
Nos EUA e em vários países da Europa, existe a lei do bem estar animal. Especificamente para os gatos usam o método CER – captura, esterilização e retorno para controlar as colônias felinas. Castrar as gatas não é tão simples. O método universal é cirúrgico, ainda que exista um hormonal ineficiente, retirando-lhes útero e ovário.
Uma só injeção
Nesta terça-feira, a revista científica Nature publicou um artigo com os primeiros resultados de uma injeção desenvolvida nos Estados Unidos para esterilizar gatas. Os cientistas utilizaram um vírus para introduzir um hormônio, chamado “antimullerina” nos organismos desses animais para inibir a ovulação e evitar a gestação. Nenhuma das gatas ficou grávida e tampouco observaram efeitos secundários quatro anos depois da injeção, pois se trata de uma proteína natural. A concentração em níveis mais elevados do hormônio é o que freia a ovulação.
Por Mário Sérgio Lorenzetto
Fonte: Campo Grande News
Nota do Olhar Animal: O método que chamam de C.E.R. na matéria é chamado de C.E.D. (captura, esterilização e devolução) no Brasil. Outra informação é a de que a toxoplasmose é transmitida quase sempre por carne mal cozida ou vegetais mais lavados. A transmissão por gatos é mínima.