Cães resgatados em situação de maus-tratos em Curitiba (PR) passam por exames clínicos

Cães resgatados em situação de maus-tratos em Curitiba (PR) passam por exames clínicos

A Rede de Proteção Animal promoveu, nesta quinta (09), a realização de exames clínicos básicos para avaliação das condições dos cães que foram resgatados em janeiro em situação de maus-tratos. Além disso, foram aplicadas vacinas múltipla e antirrábica e vermífugos.

Dos cerca de 300 cães que haviam sido encontrados, atualmente ainda são cerca de 160 animais no imóvel da Rua Mateus Leme, local em que foram encontrados e que está sob gestão do Instituto Fica Comigo, parceiro da Rede de Proteção e fiel depositário dos animais resgatados. O município já promoveu a castração de 86 deles.

37 já foram doados e 40 estão em lares temporários -, voluntários da ONG fazem a manutenção da limpeza iniciada pelo Departamento de Limpeza Pública durante o resgate, levam os cães para banhos, passeios e promovem brincadeiras para distraí-los,

A alimentação também é fornecida pela Rede de Proteção Animal, por meio do seu Banco de Ração, que precisa de doações. Já foram fornecidas, emergencialmente, dez toneladas de ração.

Como adotar

Interessados em adotar algum dos animais podem ir diretamente ao local. Os voluntários do Instituto Fica Comigo estão disponíveis todos os dias das 9h às 18h. É necessário levar comprovante de endereço e demonstrar que o local disponível para o animal no novo lar é seguro. Haverá uma entrevista e a assinatura de um termo de adoção responsável.

A casa fica na Rua Mateus Leme, ao lado na Nichele Materiais de Construção, loja que vem colaborando com a cessão do estacionamento para as visitas e voluntários.

Relembre o caso

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) resgatou cerca de 300 cães que viviam em situações insalubres, em uma casa no bairro São Lourenço, na capital paranaense. A dona da residência não mora no local e não costumava ir com frequência cuidar dos animais. A polícia identificou que os cães sofriam maus-tratos, viviam sem água e alimento.

Eles viviam em cima das próprias fezes e urina. De acordo com a investigação, os animais estavam em um local apertado, sem espaço entre eles. Em casos mais graves, diversos cães viviam há anos dentro de caixas de transporte para viagens e por isso não sabem mais andar.

A ação contou com o apoio da prefeitura de Curitiba, que realizou a identificação dos animais resgatados e o recolhimento dos cães que não sobreviveram. Algumas ossadas foram encaminhadas para exames complementares.

A Polícia Científica acredita que, pelos crânios localizados, 18 animais estariam enterrados no local. Porém, diversos ossos espalhados foram encontrados pelas equipes. A proprietária do imóvel, presa por maus-tratos, também pode responder por crime ambiental, pois os ossos podem causar a contaminação do solo e de lençol freático.

Fonte: CBN