Caxias do Sul (RS) apresenta medidas ao MPE para o canil municipal

Caxias do Sul (RS) apresenta medidas ao MPE para o canil municipal
Órgão estadual solicitou mudanças, a partir da superlotação do local; novo espaço deve ser construído /RODRIGO ROSSI/DIVULGAÇÃO/CIDADES

A prefeitura de Caxias do Sul protocolou, no Ministério Público Estadual (MPE), um documento oficial em que detalha os encaminhamentos já feitos e os futuros para a melhoria dos serviços de proteção aos cães alojados no Canil Municipal. O documento, elaborado a partir de uma série de encontros com as pastas envolvidas no tema, atende determinação da promotora pública Janaína De Carli, que deu prazo até 31 de dezembro para o município apresentar soluções para o canil.

O documento relata, de forma detalhada e ilustrada, todas as ações conduzidas ao longo do ano pelas equipes da secretaria municipal de Meio Ambiente, pasta responsável pela manutenção do canil e pelos cuidados dos animais. A principal ação foi a elaboração do projeto de um Parque de Proteção Animal, que, além de alojamento para diferentes espécies, tem estrutura de lazer e preservação de área ambiental.

Para a localização do parque, os técnicos da pasta prospectaram e avaliaram 12 possíveis áreas localizadas no interior e na zona urbana. Para definição da melhor alternativa, consideraram viabilidade de aquisição do imóvel – as áreas avaliadas apresentaram valores entre R$ 1,5 milhão e R$ 13 milhões; grau de intervenção necessária, como supressão de vegetação e áreas protegidas; localização em zona rural e distância da zona urbana e das vizinhanças. A prefeitura também sugere a realização de consulta pública, em data a ser acordada com o MP, para que a população participe do processo de escolha da área.

O projeto do Parque Municipal de Proteção Animal está dividido em três partes: área de preservação; parque para visitação e lazer da comunidade, com monumento à lembrança dos animais, local para despedida do animal, dentre outros setores. Ainda contempla sistema de coleta de dejetos e limpeza do alojamento, com perturbação mínima dos animais, e proteção para evitar a contaminação do solo.

O diretor da secretaria, Henrique Koch, define o projeto como “totalmente diferente do que as pessoas esperam de um canil”. Segundo ele, a área de alojamento ficará isolada pela mata e com distância suficiente para que não seja visualizada da estrada. “Para quem conhece o canil hoje, para chegar na sede, temos que passar pelos animais. A circulação de pessoas estranhas é estressante para eles. Os novos alojamentos foram pensados para que eles fiquem protegidos do tempo e do frio, mas tenham circulação de ar, além de não terem contato com pessoas estranhas”, explica.

Fonte: Jornal do Comércio

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