CCZ chama atenção para aumento de cães na rua em Foz do Iguaçu, PR

CCZ chama atenção para aumento de cães na rua em Foz do Iguaçu, PR
Foto: Divulgação

Dezenas de animais são mortos semanalmente no Centro de Controle de Zoonoses de Foz do Iguaçu (CCZ) por estarem com leishmaniose, e muitos outros, que estão perdidos ou abandonados nas ruas sofrem com fome, sede, frio e agressões. Todos esses problemas são frutos da superpopulação animal, e é para esta causa que o CCZ faz um alerta.

Segundo a veterinária Luciana Chiyo, a reprodução descontrolada poderia ser evitada caso os tutores se responsabilizassem pelos seus animais. “Muitos animais que estão na rua não são da rua. Eles têm donos, muitas vezes estão com coleiras e até roupinhas, mas ninguém cuida. Infelizmente ainda temos uma população mal-educada neste sentido.”

Foz não possui um censo populacional de animais abandonados, mas sabe-se que ela vem aumentando justamente pela falta de atenção dos donos. “Quando o animal sai para ‘passear’ sozinho na rua, a fêmea no cio pode cruzar e ficar prenha, depois esses filhotes são abandonados,” cita Luciana. “Se a pessoa não tem dinheiro para fazer a castração do animal, basta prendê-lo dentro de casa. É um problema mais de cultura e educação do que outra coisa”, afirma. Ao contrário do que muitos pensam, o ato de castrar um animal é um gesto de amor e responsabilidade.

A veterinária lembra que para possuir um animal em casa é preciso ter ciência dos cuidados necessários e, principalmente, saber que o cachorro implicará em custos, seja como ração, vacinas, consultas ou medicamentos. “Quem não tem condições, não deve ter um animal”, enfatiza.

Doenças

O cachorro de rua também é transmissor de várias doenças, e este é mais um dos fatores responsáveis pelo abandono. “Muitos tutores abandonam o animal quando ele adoece ou ligam para que o CCZ faça o recolhimento, e nós não fazemos isso. Só recolhemos o animal que esteja com o laudo confirmado de leishmaniose”, explica a veterinária.

O exame para constatar se o animal tem ou não a doença é feito de graça pelo CCZ, mas as vacinas e demais procedimentos, somente em clínicas particulares.

O último censo realizado pelo Centro de Controle de Zoonoses é de 2014, quando cerca é de 2014, quando cerca de 50 mil animais domésticos foram vacinados contra a raiva. Como não existe mais a reprodução do vírus entre os cães, não há necessidade de campanhas de vacinação. “No entanto, o vírus ainda está presente em morcegos, por isso é importante a vacinação anual”, reforça a veterinária.

Fonte: Portal da Cidade


Nota do Olhar Animal: Antes de serem “transmissores” de doenças, os animais são VÍTIMAS delas. É lamentável que o enfoque não seja este. Vemos o CCZ atribuindo responsabilidade aos tutores pela situação e dizendo que são “mal educados”. Sem dúvida, a população é parte importante deste problema. Mas o que a prefeitura faz sobre isso? Educa? Esteriliza animais? A matéria não indica quaisquer destas medidas.

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