Cerca de 400 aves são apreendidas durante operação de combate ao contrabando de animais na Bahia

Cerca de 400 aves são apreendidas durante operação de combate ao contrabando de animais na Bahia
Ação foi realizada nos bairros da Paz e de Itapuã, na capital baiana, e nas cidades de Camaçari e Simões Filho, na região metropolitana — Foto: Reprodução/TV Bahia

Cerca de 400 animais foram apreendidos durante a “Operação Voo Livre”, nesta terça-feira (5), em Salvador e Região Metropolitana, durante uma ação de combate ao contrabando de animais. A operação foi conjunta, e contou com equipes da Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (Coppa) da Polícia Militar da Bahia (PM-BA) e da Polícia Federal (PF).

VÍDEO: Operação contra o contrabando de animais acontece na Bahia

A ação foi realizada nos bairros da Paz e de Itapuã, na capital baiana, e nas cidades de Camaçari e Simões Filho, na região metropolitana. No total, nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos.

A investigação começou com a apreensão de uma arara-azul-grande, da espécie Anodorhynchus hyacinthinus, que estava sendo comercializada com anilha falsa, juntamente com outras aves da fauna silvestre nacional.

Conforme aponta a investigação da PF, havia uma associação criminosa entre comerciantes de aves ilegais, da fauna silvestre e exótica, que negociam animais de difícil reprodução em cativeiro, como araras e tucanos. A apuração ainda indica que muitas aves teriam sido retiradas ainda filhotes da natureza, para anilhamento, criação e revenda.

Os animais apreendidos foram encaminhados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado da Bahia (Inema), para reabilitação e possível devolução a natureza.

O tráfico de animais silvestres causa prejuízo à fauna brasileira porque cria graves desequilíbrios ambientais, inclusive em ecossistemas protegidos, podendo expor determinadas espécies ao risco de extinção.

Por causa disso, a criação de animais silvestres é permitida somente quando adquiridos de criadores comerciais registrados no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que possuam Cadastro Técnico Federal (CFT) e autorização no Sistema Nacional de Gestão de Fauna (Sisfauna).

Os investigados pela comercialização dos animais vão responder pelos crimes de tráfico e maus-tratos de animais, associação criminosa, receptação e falsificação de selo ou sinal público. As penas, somadas, podem chegar a 15 anos de reclusão.

Ação é realizada nesta terça-feira (5), em Salvador, e cidades da região metropolitana. — Foto: Reprodução/TV Bahia
Ação é realizada nesta terça-feira (5), em Salvador, e cidades da região metropolitana. — Foto: Reprodução/TV Bahia

Fonte: G1

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