Cinco jacarés-de-papo-amarelo são devolvidos ao habitat em Pernambuco

Cinco jacarés-de-papo-amarelo são devolvidos ao habitat em Pernambuco
Jacarés foram marcados com microchip antes de serem soltos no Açude de Apipucos (AI UFRPE)

Profissionais do Parque Estadual Dois Irmãos (Pedi) e estudantes e pesquisadores do Laboratório Interdisciplinar de Anfíbios e Répteis (Liar) da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) realizaram a soltura de cinco jacarés-de-papo-amarelo no Açude de Dois Irmãos. Os animais foram resgatados no início de 2020, ainda filhotes, com diversas mutilações pelo corpo e desnutridos, e, desde então ficaram sob cuidados intensivos dos técnicos e estudantes do Pedi e da UFRPE.

Segundo a equipe envolvida no trabalho que resultou na soltura dos animais, ocorreu um trabalho de parceria e cooperação entre as duas instituições pelos quais os jacarés-de-papo-amarelo passaram a viver no zoológico, recebendo os acompanhamentos necessários para a reintrodução na natureza. Durante o período em que estiveram sob os cuidados dos técnicos do zoológico os animais tiveram acompanhamento nutricional e comportamental, além do monitoramento da saúde geral.

Professora do Departamento de Biologia da UFRPE, Jozélia Correia coordenou a equipe que cuidou dos jacarés nos últimos dois anos, até que eles chegassem à recuperação plena e estivessem aptos para a soltura em habitat. “Nesse período de dois anos, eles foram tratados, ganharam peso, ficaram em condições adequadas do ponto de vista físico e nutricional e chegamos ao momento desse retorno ao ambiente natural”, contou.

Os cinco jacarés-de-papo-amarelo foram acompanhados desde que seus ninhos foram encontrados no perímetro do Pedi. Antes de serem soltos receberam marcações com microchip subcutâneo. Segundo a professora Jozélia Correia, a marcação possibilita garantir informações sobre o crescimento, o bem-estar, a qualidade e o equilíbrio da área do parque. “É um mecanismo para dar continuidade às pesquisas e aos estudos sobre o réptil. Aqui é um dos locais de pesquisa de acompanhamento dessas populações na natureza a longo prazo. A gente acompanha o crescimento desses animais através de informações das medidas corporais, vemos se são machos ou fêmeas, e podemos identificá-los e analisá-los”, explicou.

Por Osnaldo Moraes

Fonte: Diário de Pernambuco

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