Crueldade: cavalo que sofreu maus-tratos nas ruas de Teixeira (BA) morre após resgate

Crueldade: cavalo que sofreu maus-tratos nas ruas de Teixeira (BA) morre após resgate

O cavalo resgatado no último sábado, 4 de março, por uma equipe de voluntários juntamente com a ONG Nossa Arca no bairro Estância Biquíni em Teixeira de Freitas, acabou não resistindo aos ferimentos e morreu na tarde desta segunda-feira, 6.

O animal agonizava há dias pelas ruas do bairro depois de sofrer maus-tratos e ser abandonado pelos tutores.

Na tarde de sábado, o cavalo recebeu cuidados da veterinária Larrubia Ferraz. Segundo ela o animal aparentava ter entre 7 e 8 anos.

Depois de tomar bolsas de soro, vitaminas e se alimentar bem, ele foi levado para um abrigo temporário. Na manhã desta segunda-feira, o Sulbahianews recebeu informações da presidente da ONG Nossa Arca, Cristhiane Ferreguett, de que o cavalo foi diagnosticado com anemia infecciosa.

Outro grave problema eram os cascos das patas que foram desgastados expondo os ossos das pernas, provavelmente ele nunca mais iria andar. O desgaste teria sido provocado pelas caminhadas do animal no asfalto sem o uso devido das ferraduras.

A Ong chegou a optar pela eutanásia e já preparava os procedimentos quando o animal não resistiu e faleceu.

O Sulbahianews teve acesso nesta segunda-feira, a um Termo de Compromisso assinado pelo prefeito Timóteo Brito ainda quando candidato a chefe do executivo municipal de Teixeira de Freitas no dia 30 de agosto do ano passado, onde se compromete tornar concretas, ações integrais que se destinam à proteção animal e controle de zoonoses, de forma integrada às políticas públicas municipal de saúde, educação e meio ambiente junto as ONGs Arca de Noé e Ser’Luz.

Dentre os compromissos firmados pelo prefeito estão:  criar um sistema de identificação para as carroças que circulam em nossa cidade; trabalhar, permanentemente, uma Campanha de Conscientização dirigida aos carroceiros que deverão ter os respectivos animais monitorados periodicamente pela Vigilância Sanitária e/ou  Secretaria de Agricultura visando a saúde dos mesmos e implantar um sistema de fiscalização eficiente para o cumprimento das leis de proteção animal já existentes.

Veja outras ações citadas no termo:

  • Apoiar e desenvolver políticas de proteção animal e controle de zoonoses;
  • Apoiar e desenvolver campanhas visando a erradicação das zoonoses e a posse responsável dos animais;
  • Buscar maior equilíbrio na população animal, diminuindo o índice de abandono e maus-tratos de modo a prevenir agravos à saúde pública e as agressões ao meio ambiente;
  • Implantar um sistema de castração contínua de animais domésticos de pequeno porte, como cães e gatos, seja para os que se encontram na rua, seja para aqueles cujos tutores são de baixa renda;
  • Implantar sistema de vacinação, contra a raiva e viroses, de animais domésticos de pequeno porte de rua ou cujos tutores sejam de baixa renda;
  • Criar um espaço adequando para os animais de grande porte, tais como eqüinos e bovinos, apreendidos em situação de maus tratos e/ou soltos nas ruas.

Por Uinderlei Guimarães

Fonte: Sul Bahia News 


Nota do Olhar Animal: As medidas anunciada são inócuas. Só a proibição do uso de animais para tração, com a prévia capacitação dos carroceiros para outras atividades e/ou a substituição das carroças por veículos tracionados de outra forma é que resolvem a questão. Medidas de regulamentação apenas perpetuam os abusos e maus-tratos, são mera ficção.

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