Faculdade de medicina mata quatro mães babuínas depois que a PETA expõe violações federais de bem-estar animal e oferece santuário

Faculdade de medicina mata quatro mães babuínas depois que a PETA expõe violações federais de bem-estar animal e oferece santuário
Uma babuína chamada Nikki, usada em experimentos de gravidez e confinada em uma gaiola na EVMS, balança para frente e para trás em sofrimento psicológico. Imagem obtida pela PETA por meio da Lei de Registros Públicos da Virgínia.

O pesquisador Gerald Pepe, da faculdade de medicina Eastern Virginia Medical School (EVMS), matou quatro mães babuínas – Jemma, Cookie, Toya e Tara – que, durante anos, foram submetidas a várias cirurgias em que fetos foram retirados delas, algumas em violação à lei federal, conforme revelam os registros obtidos pela PETA. A EVMS começou a matar discretamente os primatas quando a PETA compartilhou informações com os legisladores da Virgínia sobre as violações – matando dois deles depois de ser contatada pelo grupo para oferecer um santuário que havia conseguido. A EVMS é a única universidade da Comunidade das Nações que ainda usa primatas não humanos para experimentos.

A PETA entrou com uma solicitação de registros abertos para os relatórios de necropsia das babuínas e está pedindo que Pepe seja demitido e que seu laboratório seja fechado permanentemente.

“A morte dessas babuínas inteligentes e sociáveis – Jemma, Cookie, Toya e Tara – pela Eastern Virginia Medical School parece ser um encobrimento, já que a condição de seus corpos sem dúvida refletia a negligência e o tormento sistêmicos que elas sofreram nos experimentos de Gerald Pepe”, diz a vice-presidente sênior da PETA, Daphna Nachminovitch. “Pepe deveria ser demitido por suas violações crônicas da lei e por negar a essas babuínas idosas um lar decente para os anos que lhes restam.”

Por mais de 40 anos, Pepe usou babuínos em experimentos de gravidez mal planejados, mais recentemente injetando-lhes hormônios e removendo e matando seus bebês em vários estágios de desenvolvimento. Quando foi permitido que as babuínas levassem suas gestações até o fim, seus filhotes foram retirados delas ainda bebês. A EVMS concedeu a Pepe permissão para realizar até seis cesarianas em cada um dos babuínos – violando as normas federais de bem-estar animal – até que o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) tomou a rara medida de revogar a permissão para que os pesquisadores da universidade continuassem a realizar várias cirurgias de grande porte nos animais.

Uma quinta babuína usada nos experimentos, Alissa, morreu após uma cesariana que foi realizada apesar das grandes flutuações em seu peso que nunca foram abordadas. Esses estudos financiados pelos contribuintes não produziram benefícios, tratamentos ou curas para os seres humanos.

Todas as cinco babuínas sofreram traumas psicológicos graves por terem sido repetidamente submetidas a procedimentos dolorosos e invasivos, bem como pelo isolamento social e confinamento em gaiolas desprovidas de recursos. Elas se automutilaram, arrancaram os próprios pelos, mastigaram as barras de suas gaiolas e sofreram ferimentos, inclusive a perda de dedos, resultantes de brigas com companheiros de gaiola. A EVMS tem um longo histórico de violações federais de bem-estar animal, incluindo pelo menos oito nos últimos anos, quatro das quais foram “críticas” (ou seja, com efeito adverso sério ou grave sobre a saúde e o bem-estar de um animal).

A PETA – cujo lema diz, em parte, que “os animais não são nossos para fazer experimentos” – ressalta que Todo Animal é Alguém e oferece Kits de Empatia gratuitos para pessoas que precisam de uma lição de bondade.

Para obter mais informações, acesse PETA.org ou siga o grupo no X, Facebook ou Instagram.

Por Brandi Pharris / Tradução de Ana Carolina Figueiredo

Fonte: PETA

O modelo animal

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