Fazenda de macacos cobaias para pesquisa médica gera controvérsia
Uma proposta para construir a maior fazenda de macacos de laboratório dos Estados Unidos em Bainbridge, Geórgia, tem provocado um debate acalorado entre os moradores e ativistas dos direitos dos animais. O projeto, conhecido como Safer Human Medicine (SHM), planeja acomodar até 30.000 macacos cinomolgi (Macaca fascicularis) para fins de pesquisa médica.
O plano, que visa resolver a escassez de primatas não humanos para testes médicos, recebeu críticas tanto dos defensores dos animais quanto dos residentes locais. Muitos expressaram preocupações com as condições de vida dos macacos e os potenciais impactos na saúde pública e no meio ambiente.
De acordo com a empresa por trás do projeto, o SHM, a fazenda de macacos seria crucial para avanços na pesquisa médica, especialmente após os desafios enfrentados durante a pandemia. Eles argumentam que o acesso confiável a primatas saudáveis é fundamental para desenvolver medicamentos que salvam vidas.
No entanto, os moradores de Bainbridge entraram com uma ação judicial contra as autoridades locais, alegando que o plano foi aprovado sem transparência e violou a lei de reuniões públicas. Eles contestam a concessão de incentivos fiscais à empresa e questionam o processo de aprovação do projeto.
Além disso, os ativistas dos direitos dos animais, incluindo a PETA, criticaram veementemente a proposta, alegando que a instalação sujeitaria os macacos a crueldade e sofrimento desnecessários. Eles expressaram preocupações com o tratamento dos animais e o impacto ambiental da fazenda. Enquanto a empresa afirma que os macacos serão bem cuidados e alojados em grupos para interação social, os críticos permanecem céticos e determinados a resistir ao que chamam de “a fazenda dos macacos”.
O destino da proposta continua incerto, enquanto a comunidade de Bainbridge luta para conciliar os objetivos da pesquisa médica com as preocupações com o bem-estar animal e os impactos locais.
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Por Daia Florios
Fonte: GreenMe